quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Terremoto do Japão potencializa valor informativo do Twitter


O terremoto e o acidente nuclear em Fukushima puseram a toda prova o uso das redes sociais em um país viciado no Twitter, que serviu tanto para ajudar os afetados como para espalhar rumores que alarmaram o governo durante a crise.
"No Japão há 12 milhões de usuários, mas após o terremoto chegaram rapidamente a 17 milhões", disse Tomoya Sasaki, porta-voz da Digital Garage, operadora de Twitter no país asiático.
Com o terremoto, o telefone e o e-mail foram cortados e o Twitter foi para muitos a única forma de se comunicar. Por meio de textos curtos de até 140 caracteres, as mensagens entraram e saíram do país 500 vezes a mais após o desastre.
Chegou até a salvar a vida de algumas pessoas, como no caso de uma menina da cidade de Sendai (nordeste) que, ao atualizar seu perfil após cada uma das séries de ondas do tsunami e postar a hashtag "jjhelpme", conseguiu ser resgatada.
A pós-crise também produziu uma enorme quantidade de conteúdo em livre circulação em um momento de grande incerteza informativa no qual muitos cidadãos começaram a duvidar dos comunicados oficiais.
Isto propiciou que se estendesse, por meio de reenvios maciços, informação não confiável ou inventada, tal como revela uma pesquisa realizada por Adam Acar, professor de comunicação americano da Universidade de Estudos Estrangeiros de Kobe (centro Japão), que, inclusive, destaca a enorme quantidade de pedidos falsos de ajuda.
Antes do terremoto, o Twitter já tinha uma enorme popularidade entre os japoneses, muito acima de concorrentes como Facebook. Mesmo não havendo números exatos a respeito, calcula-se que entre 10% e 15% dos tuítes são escritos em japonês, tornando este idioma o segundo mais utilizado nesta rede, apesar de ter apenas 130 milhões de falantes, quase cinco vezes menos que em inglês, a língua mais empregada no Twitter.
Tanto Acar como Sasaki acreditam que a razão para entender o sucesso entre os usuários japoneses é a possibilidade que esta ferramenta oferece de manter as identidades anônimas, algo que dá vantagem ao Twitter frente a outras redes sociais. "Além disso, os japoneses levam mais tempo enviando mensagens curtas pelo celular, e também foram os primeiros a usar internet nos terminais", acrescenta Acar.
Seja enviados pelo computador, tablets ou por celulares, o governo japonês começou a se incomodar com os falsos boatos de vazamento de gás tóxico nas cercanias de Tóquio, que outorgavam propriedades fictícias às cápsulas de iodo que evitam a absorção de radioatividade.
Por isso, a Administração entrou em contato com a Digital Garage para tentar controlar o pânico que essas informações poderiam provocar. Sasaki lembra que durante aqueles intensos dias a empresa se sentiu muita pressionada para apagar estas cadeias de mensagens, algo que acabou não fazendo.
"Por um lado, pensamos que, se essas cadeias são mentirosas, a própria comunidade vai acabar ignorando-as, e por outro lado, decidimos assessorar a Administração para criar contas oficiais a fim de viabilizar a comunicação com os usuários", lembra Sasaki.
Deste modo, a companhia criou um núcleo para organizar cerca de 300 contas que foram abertas por ministérios, governos provinciais e até por empresas envolvidas na crise, como a Tokyo Electric Power (Tepco), proprietária da central de Fukushima.
"Dissemos: estão informados que se retuitarem, e, se algo for falso, comuniquem na rede", relatou Sasaki. "O maior problema durante a crise foi a confiabilidade das mensagens que alertavam sobre algo ou que pediam ajuda. No entanto, seria complicado se o governo passasse a controlar os conteúdos da rede, já que estaria comprometendo a liberdade de expressão", disse Acar.
"Nós estamos contentes; no final das contas, conseguimos manter a ideia básica dos fundadores de Twitter, que é a troca aberta de informação", afirmou com satisfação Sasaki.

Astrônomos registram buraco negro dilacerando estrela

Representação mostra como seria o jato de raios-X. Foto: AFP

Um buraco negro, descrito como um "monstro cósmico" à espreita no centro de uma galáxia, foi flagrado no momento em que dilacerava uma estrela, anunciaram astrônomos em um artigo publicado na edição desta quarta-feira da revista científica Nature. Em 25 de março, o telescópio orbital Swift, da Nasa, captou uma emissão de raios-X do espaço sideral, expelido claramente por uma fonte imensamente poderosa.
Uma observação mais próxima revelou um buraco negro supermassivo com massa 1 milhão de vezes superior àquela do sol. O lampejo de raios-X foi um "jato relativístico" ou um jato de matéria de alta energia que jorrou da estrela à medida em que era atraída pelo empuxo gravitacional do buraco negro e foi arrastada na direção de suas entranhas.
O jato, chamado Swift J164449.3+573451, moveu-se a 99,5% da velocidade da luz. Os buracos negros supermassivos são comumente encontrados no centro de galáxias. O buraco negro recém-descoberto tem cerca de metade do tamanho de seus similares em nossa galáxia, a Via Láctea. Mesmo assim, são relativamente jovens perante alguns espécimes supermassivos, cuja massa foi medida em mais de um bilhão de sóis.

Fenômeno El Niño duplica risco de guerra civil, diz estudo


O fenômeno climático El Niño, que espalha ar seco e quente pelo planeta a cada quatro anos, em média, duplica o risco de guerras civis em 90 países tropicais, disseram pesquisadores nesta quarta-feira.
E como os padrões do El Niño podem ser previstos com até dois anos de antecedência, os cientistas sugeriram que suas descobertas poderiam ser usadas para ajudar na preparação para alguns conflitos e crises humanitárias causados por essa alteração no clima.
Historiadores e especialistas no assunto observaram sinais de que mudanças no clima foram a causa de conflitos e do declínio de sociedades no passado, mas este é o primeiro estudo a quantificar a ligação entre o calor do El Niño, as secas que provoca e levantes em países mais afetados por ele.
Cientistas disseram à revista Nature que entre 1950 e 2004 um de cada cinco conflitos civis foram influenciados pelo El Niño.
O fenômeno começa como uma grande extensão de água quente na parte tropical do Pacífico e influencia o clima mundial e o tempo na África, Oriente Médio, Índia, Sudeste da Ásia, Austrália e Américas.
Segundo um dos autores do estudo, Kyle Meng, da Universidade de Columbia, nos EUA, o fenômeno pode causar grandes perdas nas lavouras e o aumento de desastres naturais, como furacões, e da disseminação de doenças infecciosas.
"Esses fatos podem resultar em aumento na desigualdade de renda... e efeitos no mercado de trabalho", disse Meng, em contato telefônico. "Isso provoca crescente desemprego, o que torna um pouco mais atraentes as oportunidades de combater."
Normalmente também fica mais difícil para os governos imporem a lei durante graves problemas climáticos, disse ele. Os pesquisadores constataram notável relação entre os padrões do El Niño e agitações civis no Peru, em 1982, e no Sudão, em 1963, 1976 e 1983.
Entre outros países onde se verificou forte conexão entre violência e El Niño estão El Salvador, Filipinas e Uganda, em 1972; Angola, Haiti e Mianmar em 1991; e Congo, Eritreia e Ruanda em 1997.
Os pesquisadores tomaram como referência guerras civis porque depois de 1950 elas representaram de 80 a 90 por cento de todos os conflitos.
Cerca de 40 por cento dos conflitos registrados iriam provavelmente ocorrer de qualquer maneira, mas os rigores do El Niño tornaram mais provável a irrupção de violência e, algumas vezes, fizeram com que emergisse mais cedo. Os países mais pobres foram os mais propensos aos problemas.
Os cientistas fizeram correlações entre os padrões do El Niño de 1950 a 2004 e confrontos civis que mataram mais de 25 pessoas em determinados anos, num total de 175 países e 234 conflitos, dos quais metade causaram mais de mil mortes.
Nações com o clima afetado pelo ciclo do El Niño tiveram 6 por cento de probabilidade de guerra civil quando o clima se tornava seco e quente. Quando o fenômeno mais frio e úmido do fenômeno La Niña prevalecia, o porcentual de risco caía pela metade (3%), disseram os cientistas.

Cientistas criam novo mapa genético do cérebro de ratos


Pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Genoma Humano dos Estados Unidos (Nhgri, na sigla em inglês) criaram um novo mapa genético do cérebro dos ratos que permite observar como os genes trabalham no córtex cerebral. No estudo, que será publicado na quinta-feira na revista especializada Neuron, os cientistas lembram que humanos e ratos compartilham 90% dos genes.
Por essa razão, o mapa, baseado no estudo de ratos normais, estabelece uma base para futuros estudos nos quais os roedores sirvam de modelo para doenças humanas e o desenvolvimento de tratamentos. Os pesquisadores do Nhgri e da Universidade de Oxford publicaram nesta quarta uma descrição do novo mapa, no qual explicam a atividade de mais de 11 mil genes nas seis camadas de neurônios que compõem o córtex cerebral.
"Este estudo mostra o poder das tecnologias genéticas para fazer descobertas inesperadas sobre a biologia básica da vida", disse Eric Green, diretor do Nhgri.
Mapa genético
O córtex cerebral é a maior área do cérebro, sendo responsável pela memória, percepção sensorial e linguagem. Para realizar o mapa genético, a equipe de pesquisadores dissecou o cérebro de oito ratos adultos, dos quais separaram as camadas do córtex e extraíram o ácido ribonucléico (ARN) de cada uma delas.
"Acreditamos que os genes associados a determinadas doenças humanas estavam mais ativos em certas camadas do córtex. Por exemplo, detectamos que os genes previamente associados ao Parkinson se ativavam na camada cinco e os do Alzheimer nas camadas dois e três", explicou T. Grant Belgard, autor principal do estudo.
Ao determinar a atividade genética de cada camada do córtex, os pesquisadores acreditam que será possível conectar a anatomia do cérebro, a genética e os processos das doenças com grande precisão. Em 2012, Belgard e outros cientistas tentarão criar um mapa similar a este que recolha partes do cérebro humano.

Nasce no RJ o 1º bebê brasileiro com ajuda de técnica de fertilização inédita

Maria Vitória nasceu em Campos, no Norte Fluminense, com quase 3 kg.
Segundo médicos, método francês chamado Invo é mais simples e natural.


Com quase três quilos, a pequena Maria Vitória nasceu na terça-feira (23) em Campos, no Norte Fluminense, e é a primeira brasileira a ser fertilizada por uma nova técnica no país chamada Invo.

De acordo com a Coordenação do Centro de Infertilidade do Hospital Álvaro Alvim, Cláudia de Souza da Hora foi a primeira brasileira a dar à luz uma criança por meio desse método, considerado pelos médicos mais simples e natural. Ele foi desenvolvido na França e, pela primeira vez, está sendo testado em território nacional. Cláudia participou de um programa de fertilização oferecido pela prefeitura por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

"Não se faz necessário levar o óvulo e o espermatozóide para o laboratório. Todo o processo de incubação entre o espermatozóide e o óvulo, a interação dos dois, é feita dentro do corpo da mulher novamente através de um dispositivo biológico que é introduzido, que mantém as condições do corpo humano, tanto em temperatura, comm os nutrientes necessários para o desenvolvimento do embrião", explicou o coordenador do Hospital Álvaro Alvim, Francisco Augusto Colucci.

A cápsula biológica contendo óvulos e espermatozóides fica no organismo da mulher por três dias. Após esse período, o embrião formado é retirado da cápsula e transferido para o útero.

O nascimento de Maria Vitória representa um avanço para a ciência e esperança para muitos casais que não podem ter filhos. "Eu não pensei que fosse tão rápido assim, mas foi rápido. Em menos de um ano eu consegui (engravidar)", disse Cláudia, que realizou o sonho de ser mãe após 13 anos.

"Quando eu via uma mulher grávida eu me perguntava: por que que eu não consigo? Chegava em casa e ficava chorando", contou.

Depois da ajuda do método francês, ela comemora a gestação e o nascimento de Maria Vitória. "Parecia que eu tava sonhando, que era mentira".

Segundo o obstetra Fernando Azevedo, o pré-natal foi tranquilo e o parto ocorreu sem complicações.

Toyota e Ford firmam parceira para sistema híbrido de picapes

A Toyota e a Ford fecharam acordo global para colaborar em bases iguais no desenvolvimento de um novo sistema híbrido (com motor elétrico e de combustão) para picapes e utilitários esportivos. As montadoras assinaram um memorando de entendimento para colaboração no desenvolvimento de produtos. O acordo deve ser formalizado em 2012.
Ambas as empresas vêm trabalhando de forma independente em suas próprias novas gerações de sistemas híbridos para veículos com tração traseira. As duas agora se comprometeram a colaborar em parceria para um novo sistema híbrido para picapes e utilitários esportivos.
Esse novo powertrain híbrido trará toda a experiência de eficiência energética superior para um novo grupo de consumidores de picapes e utilitários esportivos, sem comprometer a capacidade que eles requerem em seus veículos. A Toyota e a Ford acreditam que essa colaboração irá permitir que elas tragam essa tecnologia híbrida aos consumidores antes e em condições mais favoráveis do que se cada uma das companhias trabalhasse de forma independente.

"Em 1997, lançamos a primeira geração do Prius, o primeiro híbrido gasolina/elétrico produzido em massa. Desde então, vendemos cerca de 3,3 milhões de veículos híbridos. Esperamos criar com a Ford tecnologias empolgantes e que beneficiem a sociedade. Isso será possível pela experiência que as duas empresas detêm em tecnologias híbridas", afirma Takeshi Uchiyamada, vice-presidente executivo de Pesquisa & Desenvolvimento da Toyota.

Por anos, tanto a Toyota como a Ford vêm trabalhando independentemente em sistemas híbridos similares para veículos com tração traseira com o objetivo de proporcionar economia de combustível superior em suas picapes e utilitários esportivos. Quando as duas companhias começaram a discutir essa potencial colaboração, descobriram o quão rapidamente poderiam chegar a um denominador comum.

"A Toyota tem muito orgulho em se unir a Ford no desenvolvimento de um sistema híbrido para picapes e utilitários esportivos. Esse acordo visa a não apenas fazer automóveis cada vez melhores, mas deve também se tornar elemento essencial para o futuro da mobilidade. Ao construir um relacionamento global e de longo prazo com a Ford, nosso desejo é ser capaz de continuar a oferecer às pessoas carros que excedam suas expectativas", analisa Akio Toyoda, presidente da Toyota Motor Corporation.

Esse sistema híbrido para veículos com tração traseira será baseado em uma nova arquitetura para proporcionar toda a capacidade que os consumidores de picapes e utilitários esportivos demandam enquanto oferece economia de combustível.

Embora o sistema híbrido para veículos com tração traseira irá compartilhar um considerável nível de tecnologia e componentes, a Toyota e a Ford irão integrar o sistema aos seus próprios veículos individualmente. Cada montadora também irá determinar a calibragem e as características de dinâmica e performance de suas respectivas picapes e utilitários esportivos.

As duas companhias também concordaram em trabalhar conjuntamente em facilitadores para complementar as plataformas de telemática (fusão das tecnologias de telecomunicações e informação em veículos) existentes de cada montadora, ajudando a trazer mais serviços baseados em internet e informações úteis para os consumidores globalmente.

Ações da Apple caem após renúncia de Steve Jobs

Após o anúncio da saída de Steve Jobs do comando da Apple, as ações da empresa - que haviam operado em alta durante o pregão de Nova York - passaram a recuar no after-market. Às 20h45 de Brasília, as ações recuavam 5,3%, cotadas a US$ 356,1, após terem encerrado o dia em alta de 0,7%, a 376,18.
O lendário fundador da Apple, Steve Jobs, deixou seu cargo de presidente-executivo da empresa nesta quarta-feira, informou a companhia, e uma ação amplamente esperada depois que ele iniciou uma dramática luta contra um câncer.
Em um comunicado, a Apple anunciou que o diretor de vendas e operações, Tim Cook, será o novo CEO, mas que Jobs continuará como presidente do conselho de administração da companhia. "A extraordinária visão e liderança de Steve salvou a Apple e a guiou para sua posição de empresa de tecnologia mais inovadora e valiosa do mundo", disse Art Levinson, membro do conselho, em um comunicado. "O conselho tem total confiança de que Tim é a pessoa certa para ser nosso próximo CEO", acrescentou Levinson.
Nenhuma razão foi dada para a saída de Jobs, mas seus problemas de saúde, incluindo uma prolongada licença médica para um transplante em 2009 e sua aparência abatida nos eventos públicos, ampliaram as especulações de que ele teria de deixar as atividades diárias na empresa que ajudou a fundar em 1976.

Tremor causado por terremoto no Peru esvazia prédios em Porto Velho (RO) Corpo de Bombeiros recebeu entre 30 e 40 chamadas por causa do abalo sísmico

Por causa do terremoto de 7 graus na escala Richter que atingiu o norte do Peru, quatro prédios em Porto Velho (RO) foram esvaziados na tarde desta quarta-feira (24). Funcionários e moradores retornaram após vistoria do Corpo de Bombeiros.

Sentiu a terra tremer no Brasil? Envie seu relato para o R7

Segundo o diretor de serviços técnicos da corporação, capitão Lindoval Rodrigues Leal, o edifício do Tribunal de Justiça, do Ministério Público, do Tribunal Regional de Trabalho e um prédio residencial e não apresentam risco.

Ainda de acordo com Leal, o Corpo de Bombeiros recebeu de 30 a 40 chamados por causa do tremor. Ninguém ficou ferido. O abalo sísmico foi sentido por volta das 14h, no horário local, e teve reflexos também na cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre e em alguns municípios do Amazonas.

Segundo o USGS (Serviço Geológico Americano), o tremor aconteceu a 82 km ao norte de Pucallpa, na região da floresta amazônica peruana, e a 210 km de Cruzeiro do Sul. A cidade é bem próxima à fronteira com o país e já sentiu, no mínimo, quatro tremores aconteceram no Peru.
Tremores

O gerente de compras Cristian Ary Barroso estava sua casa, no bairro Floresta, em Cruzeiro do Sul, no Acre, quando sentiu três fortes tremores seguidos. O município fica a cerca de 205 km de distância do epicentro do terremoto que atingiu o norte do Peru.

No momento em que sentiu o abalo, Barroso correu com sua mulher e sua filha, um bebê recém-nascido, para a rua. Ele conta que houve tumulto entre os moradores da cidade.

- Houve rachaduras em prédios, as pessoas passaram mal e árvores caíram.

O leitor do R7 Laércio Moraes contou que sentiu o tremor em um prédio de oito andares em Marília, no interior de São Paulo. Segundo o sismólogo do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP (Universidade de São Paulo) José Roberto Barbosa, é possível ele tenha refletido na cidade.

- Quando acontece esse tipo de terremoto no Chile, Argentina, Peru, Bolívia, eles podem ser percebidos em São Paulo e em vários outros Estados. Quem está nos andares superiores de prédios altos pode sentir enjôo e tontura.

O terremoto de 7 graus na escala na escala Richter foi registrado em todas as estações da USP, que são distribuídas entre os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Barbosa explica que o fato de ele ter sido registrado em determinadas estações não significa que houve tremor nas cidades onde elas estão localizadas.

- O sensor detecta a passagem das ondas provenientes do terremoto. Isso não significa que as pessoas vão perceber.

Leitores de Rio Branco (AC) e de Rondônia também relataram o tremor de terra. Em Porto Velho (RO) vários prédios foram esvaziados e o abalo foi sentido, inclusive, no edifício do Tribunal de Justiça.
http://www.youtube.com/watch?v=TzqB0Bc2hXs

Holanda trava venda de celular da Samsung na Europa Empresa sul-coreana é acusada pela Apple de infringir patente por conta dos celulares Galaxy


Um tribunal da Holanda bloqueou nesta quarta-feira a comercialização dos celulares Galaxy, da Samsung, no país, após acusações de plágio por parte da concorrente Apple. A decisão impede, na prática, a venda dos aparelhos em boa parte da Europa.
A decisão, à qual cabe recurso, ocorreu após a Apple acusar a Samsung de infringir sua patente. Segundo a fabricante americana, a companhia sul-coreana copiou a tecnologia de disposição de fotos no visor do celular.
Embora o embargo à comercialização, que deve entrar em vigor em sete semanas, valha somente para o território holandês, a decisão trava as vendas em boa parte da Europa.
Como várias outras empresas, a Samsung utiliza a Holanda como base de importação e distribuição de seus produtos para o resto da União Europeia. A decisão deve afetar as vendas da subsidiária holandesa da Samsung em Grã-Bretanha, França, Alemanha, Finlândia, Irlanda, Suécia, Suíça, Luxemburgo, Mônaco e Lichtenstein.
A medida judicial abrange os modelos Galaxy S, Galaxy S II e Galaxy Ace. O tablet Samsung Galaxy Tab ficou de fora.
O tribunal, sediado na cidade de Haia, rejeitou outras acusações da Apple, como a de que a Samsung teria plagiado o desing de seus produtos.
Recurso
Em nota, a Samsung disse que “tomará todas as medidas possíveis, inclusive ações judiciais, para assegurar que não haja interrupção na oferta dos smartphones Galaxy para os clientes holandeses”.
A empresa disse que “a decisão não deve afetar as vendas em outros mercados da Europa”.
O blogueiro Florian Mueller, especialista em patentes, afirma, no entanto, que a decisão funciona na prática como uma proibição às vendas na Europa - a não ser que a Samsung reorganize sua logística de distribuição no continente, com a entrada de seus produtos por outros portos, explica ele.
Apesar da restrição comercial, a decisão judicial desta quarta foi parcialmente comemorada pela Samsung, que disse em comunicado que a medida “é uma afirmação de que os produtos Galaxy são inovadores e diferentes”.
Software
O gerenciamento de fotos da Samsung, por sua vez, é parte do sistema operacional Google Android, também usado por outros fabricantes de celulares, que também podem se tornar alvo da Apple.
A decisão judicial pode forçar o Google a promover uma atualização urgente no Android.
A Samsung tem sido alvo de uma campanha agressiva de litígio pela Apple, que já conseguiu o embargo sobre as vendas do Galaxy Tab 10.1 na Alemanha.
A empresa sul-coreana não é a única a ter de responder a ações na Justiça. Google, Motorola, Microsoft e LG já tiveram de provar, anteriormente, seus direitos de propriedade intelectual nos tribunais.

Steve Jobs deixa o comando da Apple Executivo diz que vai atuar apenas na presidência do conselho de administração


Steve Jobs anunciou nesta quarta-feira que deixou o comando executivo da Apple. Em comunicado, disse que pretende seguir como presidente do conselho de administração, "se o conselho assim quiser". O comunicado informa que o preferido de Jobs para substituí-lo é Tim Cook, principal executivo de operações da companhia.

Em uma carta enviada ao conselho da Apple, Jobs afirmou sempre ter dito que "um dia, quando não pudesse mais cumprir minhas obrigações e atender as expectativas" ligadas ao cargo de executivo-chefe, "seria o primeiro a informá-los. Infelizmente, esse dia chegou. Por isso renuncio como executivo-chefe da Apple".
Jobs mencionou na carta que "gostaria de trabalhar, se a diretoria aprovar, como membro do conselho, diretor e funcionário da Apple" e indicou Tim Cook como seu sucessor.
"Acredito que os dias mais brilhantes e inovadores da Apple estão por vir", acrescentou. As negociações com papéis da Apple no after hours foram interrompidas antes da divulgação da notícia. O papel avançara 0,7% no fechamento do pregão regular em Nova York. Após a renúncia, a ação chegou a cair 7% no after-market.
Jobs - que já havia se curado de um câncer no pâncreas - estava de licença médica desde 17 de janeiro por condições de saúde não reveladas.
O ex-presidente-executivo de 55 anos esteve presente na conferência de abertura da WWDC 2011, em San Francisco, em junho. Antes, havia aparecido publicamente por um breve momento em março para apresentar a última versão do iPad, e, mais tarde, em um jantar com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, junto com líderes do setor de tecnologia do Vale do Silício.
A aparência de Jobs, frequentemente magra, levantou questões sobre sua saúde e capacidade de permanecer à frente da Apple.
"Eu direi aos investidores que não entrem em pânico e permaneçam calmos. É a coisa certa a fazer. Steve será o chairman e Cook será o presidente-executivo. Isso não é uma surpresa ou algo inesperado", disse o analista Colin Gillis, da BGC Financial.
Além do câncer de pâncreas, o executivo passou por um transplante de fígado, em 2009. Em fevereiro, ele foi fotografado na mesma clínica onde o ator Patrick Swayze recebeu tratamento para o câncer de pâncreas, em decorrência do qual veio a falecer.

Cientistas descobrem mais antigo mamífero placentário


Um fóssil encontrado no nordeste da China é o antecessor mais antigo conhecido dos mamíferos placentários atuais e situa o momento em que o grupo foi separado dos marsupiais pelo menos 35 milhões de anos antes do que se pensava, segundo cientistas.
Paleontólogos do Museu Carnegie de História Natural de Pittsburgh (EUA), afirmam em um estudo publicado na revista Nature, liderado pelo chinês Zhe-Xi Luo, terem encontrado os restos fósseis de um mamífero parecido com um musaranho, que viveu na China há 160 milhões de anos durante o período Jurássico.
O fóssil do Juramaia sinensis (que em latim significa mãe jurássica da China) é "uma espécie de tataravó de todos os mamíferos placentários existentes hoje", explica Zhe-Xi. Atualmente 90% dos mamíferos - incluindo os humanos - são placentários (o feto se desenvolve no interior da mãe), enquanto os mamíferos marsupiais (o feto se desenvolve em uma bolsa) se encontram somente na Austrália e América do Sul, e algumas espécies ovíparas na Austrália e Nova Guiné.
O mamífero placentário mais antigo conhecido até o momento datava de 125 milhões de anos, segundo o estudo. A descoberta do fóssil, na província chinesa de Liaoning, comprova os resultados de estudos genéticos que situavam a diferenciação dos mamíferos há 160 milhões de anos, e preenche um vazio no registro fóssil de sua evolução.
Segundo os cientistas, os Juramaia sinensis eram criaturas pequenas, adaptadas para subir e viver em árvores, ao contrário de outros mamíferos de sua época, capacidade que permitiu-lhes sobreviver às difíceis condições de vida do período Jurássico.
Entre os restos fósseis encontrados estão o crânio incompleto do animal, parte do esqueleto e vestígios residuais de tecidos macios como pêlo. Mas o que permitiu aos paleontólogos relacionar o Juramaia com os mamíferos placentários atuais e diferenciá-lo dos marsupiais como o canguru, foram especialmente a sua dentição completa e os ossos da pata, explica o estudo.
"A separação dos mamíferos eutérios dos marsupiais finalmente conduziu ao nascimento placentário e à reprodução que são tão cruciais" para seu êxito evolutivo, afirmou Zhe-Xi. Porém, segundo o cientista, a chave desta conquista foi sua rápida adaptação à vida nas árvores.

Arábia Saudita descobre civilização de 9 mil anos


A Arábia Saudita está escavando um novo sítio arqueológico que revela que cavalos eram domesticados há 9 mil anos na Península Arábica, disse um especialista nesta quarta-feira. A descoberta dessa civilização chamada Al Maqar, mesmo nome do sítio arqueológico, desafia a tese de que a domesticação de animais ocorreu há 5,5 mil anos, na Ásia Central, segundo Ali al Ghabban, vice-presidente de Antiguidades e Museus da Comissão Saudita de Turismo e Antiguidades (CSTA).
"A descoberta irá mudar nosso conhecimento relacionado à domesticação de cavalos e à evolução da cultura no período Neolítico tardio", disse Ghabban. O sítio contém ainda restos de esqueletos mumificados, pontas de lanças, raspadeiras, mós para grãos, teares e outras ferramentas.
Embora seja o maior exportador mundial de petróleo, a Arábia Saudita tem buscado diversificar sua economia, com ênfase no turismo. No ano passado, a CSTA promoveu exposições sobre descobertas históricas sauditas em Barcelona e Paris.

Nasa: perda de cargueiro russo não afetará Estação Espacial


A Nasa (agência espacial americana) nega que a perda de Progress, nave de carga russa que caiu logo após seu lançamento nesta quarta-feira com 2,9 t de comida, afete a tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS).
A nave não tripulada partiu da base de Baikonur, mas não alcançou a órbita correta, caindo assim na região russa de Áltai. Mike Suffredini, diretor do projeto da Estação, disse em entrevista coletiva que estão avaliando os possíveis cenários para os próximos lançamentos mas que não estão preocupados, já que a estação está em boa condição logística.
Em julho, a ISS recebeu a visita da nave americana Atlantis que, em sua última missão antes ser desativada, levou mais de 4 t de provisões e equipamentos, sendo mais de 1 t de alimentos.
"Infelizmente, 325 segundos depois (cerca de 5 minutos), o motor parou por um avaria e o centro de controle russo deixou de receber sinal", explicou Suffredini. O americano ressaltou que esta é a primeira vez que se registra uma falha nos motores do foguete Soyuz-U.
A Rússia extraviou na semana passada o satélite de telecomunicações Express-AM4, de quase 6 t, e anteriormente um satélite militar geodésico depois que o aparelho entrou em órbita elíptica e não circular, como previsto.
A ISS é um projeto internacional no qual participam 16 países e, após o acidente, as agências espaciais terão que reestruturar a logística do laboratório orbital, no qual atualmente vivem seis tripulantes, assim como as próximas viagens agendadas.
O lançamento de uma Soyuz com três astronautas, incluindo um americano a bordo está previsto para 21 de setembro, mas a investigação aberta depois do acidente "poderia ter implicações para o lançamento da nave", disse Suffredini.
A Nasa está estudando diferentes cenários e o especialista apontou inclusive a possibilidade de reduzir as quantidades de comida dos astronautas caso tivessem dificuldade para transportar as provisões. No entanto, insistiu que isso é pouco provável depois da carga levada por Atlantis em julho.
Além disso, se espera que a rotação da tripulação continue com seu ritmo habitual com as próximas Soyuz, embora pudessem estender temporariamente o período de estada dos seis astronautas, caso que tenham que ajustar as próximas missões.
Após a retirada das naves, de 30 anos de serviço, os Estados Unidos ficaram sem um veículo próprio para viajar à ISS e dependendo das naves russas, que realizam várias viagens por ano para levar oxigênio, combustível, alimentos e diversos equipamentos.
Enquanto isso, nos EUA começou a corrida espacial privada e 10 empresas disputam para ser a primeira a desenvolver um veículo alternativo privado. Uma delas é SpaceX, cuja cápsula Dragon, deve fazer um voo de demonstração em novembro, com uma carga de 800 quilos, segundo lembrou Suffredini. "Nosso desejo é ter um veículo de carga americano o mais rápido possível, após a retirada das naves".