quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Missão da NASA descobre três exoplanetas minúsculos; do tamanho de marte

Astrônomos usando dados da missão Kepler da NASA descobriram os três menores planetas detectados orbitando uma estrela fora do nosso sol. Os planetas orbitam uma única estrela, chamado KOI-961, e tem 0,78, 0,73 e 0,57 vezes o raio da Terra. O menor tem aproximadamente o tamanho de Marte.

Os astrônomos pensam que eles são rochosos como a Terra, mas perto da órbita de sua estrela o que os torna quentes demais para estar na zona habitável, que é a região onde pode existir água líquida. Dos mais de 700 planetas confirmados em órbitas de outras estrelas - chamados exoplanetas - apenas poucos são conhecidos por serem rochosos.

"Os Astrônomos estão começando a confirmar milhares de candidatos a planetas descobertos por Kepler até agora", disse Doug Hudgins, cientista do programa Kepler na sede da NASA em Washington. "Encontrar um tão pequeno como Marte é surpreendente, e sugere que pode haver uma recompensa de planetas rochosos ao redor de nós. "

As buscas buscas do Kepler por os planetas, monitorando continuamente mais de 150.000 estrelas, olhando para mergulhos reveladores em seu brilho causado pelo cruzamento, ou trânsito, os planetas. Pelo menos três trânsitos são necessários para verificar um sinal como um planeta. Dando seguimento às observações, telescópios terrestres também são necessários para confirmar as descobertas.

A mais recente descoberta vem de uma equipe liderada por astrônomos do California Institute of Technology em Pasadena. A equipe utilizou dados publicamente lançados pela missão Kepler, juntamente com observações de acompanhamento do Observatório Palomar, perto de San Diego, e do WMObservatório Keck no topo do Mauna Kea, no Havaí. Suas medidas reviram drásticamente os tamanhos dos planetas a partir do que foi originalmente estimado.

Os três planetas estão muito perto de sua estrela, tendo menos de dois dias a orbitar em torno dele. A estrela KOI-961 é uma anã vermelha, com um diâmetro de um sexto do nosso sol, tornando-se apenas 70 por cento maior que Júpiter.

"Este é o menor do sistema solar encontrado até agora", disse John Johnson, o investigador principal da pesquisa de Exoplanet da NASA Science Institute do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena. "É realmente mais semelhante a Júpiter e suas luas em escala do que qualquer outro sistema planetário. A descoberta é mais uma prova da diversidade de sistemas planetários em nossa galáxia."

As anãs vermelhas são o tipo mais comum de estrelas em nossa galáxia Via Láctea. A descoberta de três planetas rochosos em torno de uma anã vermelha sugere que a galáxia pode ser repleto de planetas rochosos semelhantes.

"Estes tipos de sistemas podem ser onipresentes no universo", disse Phil Muirhead, principal autor do novo estudo do Caltech. "Este é um momento realmente emocionante para os caçadores de planetas".

A descoberta segue uma seqüência de marcos recentes para a missão Kepler. Em dezembro de 2011, cientistas anunciaram o primeiro planeta da missão confirmado na zona habitável de uma estrela tipo-Sol: um planeta 2,4 vezes o tamanho da Terra chamado Kepler-22b. No final do mês, a equipe anunciou a descoberta do primeiro planeta do tamanho da Terra orbitando uma estrela tipo-Sol fora do nosso sistema solar, chamado de Kepler-20e e Kepler-20f.

Para a mais recente descoberta, a equipe obteve o tamanhos dos três planetas chamado KOI-961,01, 961,02 e KOI-KOI-961,03 com a ajuda de uma estrela bem estudado gêmeo do KOI-961, ou estrela de Barnard. Através de uma melhor compreensão da estrela KOI-961, que então poderia determinar o tamanho dos planetas pelas depressões observadas na luz das estrelas.Além das observações e medições do telescópio Kepler terrestres, a equipe usou técnicas de modelagem para confirmar as descobertas planeta.

Antes desses planetas confirmados, apenas seis outros planetas foram confirmados utilizando os dados públicos Kepler.

Ames Research Center da NASA em Moffett Field, Califórnia, administra o desenvolvimento de Kepler sistema de aterramento, as operações de missão e análise de dados científicos. Jet Propulsion Laboratory da NASA, Pasadena, Califórnia, conseguiu o desenvolvimento da missão Kepler.
NASA 

Organizadores divulgam esboço do texto que pautará a Rio+20

O texto que vai pautar as discussões da Rio+20, conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) que debaterá entre 22 e 26 de junho, no Rio de Janeiro, questões envolvendo meio ambiente e sustentabilidade, foi divulgado pelos organizadores do evento. Chamado de zero draft (esboço zero, em tradução livre), o documento ainda poderá ser modificado até o início do encontro.
O documento tem 19 páginas e aborda questões ambientais, econômicas e sociais
A conferência marca os 20 anos da Eco-92, também ocorrida no Rio. O Ministério das Relações Exteriores aguarda mais de uma centena de chefes de estado no evento deste ano.

Estudo: existem mais planetas do que estrelas na Via Láctea

Segundo estudo, o número médio de planetas que orbitam estrelas é maior que um. Foto: ESO/M. Kornmesser/Divulgação


Uma equipe internacional de astrônomos levou seis anos, com a ajuda de um método chamado microlente gravitacional, para determinar o quão comuns são os planetas na Via Láctea. Segundo os pesquisadores, que apresentam o resultado em um artigo na revista especializada Nature, existem bilhões de planetas que orbitam estrelas - ou seja, eles são a regra, e não a exceção, na nossa galáxia. As informações são do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês).
"Durante seis anos procuramos evidências de exoplanetas a partir de observações de microlentes. Curiosamente, os dados mostram que os planetas são mais comuns na nossa galáxia do que as estrelas. Descobrimos também que os planetas mais leves, tais como superterras (que têm massas entre duas e 10 vezes maior que a da Terra) ou Netunos frios, são mais comuns do que os planetas mais pesados", diz Arnaud Cassan, do Instituto de Astrofísica de Paris e principal autor do artigo.
Nos últimos 16 anos, os astrônomos detectaram planetas principalmente através de dois métodos: o registro da diminuição de brilho de uma estrela durante a transição do planeta e o efeito gravitacional deste naquela. Contudo, dessas duas maneiras, apenas planetas de massa muito grande ou que estão muito próximos às estrelas são encontrados.
O método usado agora detecta o modo como o campo gravitacional de uma estrela, combinado com o de um possível planeta hospedeiro, age como uma lente gravitacional e amplia a luz de uma estrela que esteja ao fundo. Ou seja, se a estrela tem um planeta, essa lente será mais poderosa. Contudo, esse método, apesar de detectar corpos menores, tem grandes defeitos: é necessário um alinhamento, bastante raro, entre a lente gravitacional e uma estrela de fundo. Além disso, a órbita do planeta precisa estar alinhada com a da estrela para formar a lente.
Apesar da raridade desses eventos combinados, os pesquisadores conseguiram detectar três planetas durante esses seis anos - uma superterra e planetas com massas comparáveis à de Netuno e à de Júpiter -, o que é considerado excepcional. Para os astrônomos, ou foi uma imensa sorte ou os planetas são tão abundantes que o resultado era praticamente inevitável.
Após isso, os pesquisadores combinaram os dados com informações de sete detecções anteriores e um grande número de não-detecções durante os anos de trabalho. O resultado da pesquisa indica que uma em cada seis estrelas estudadas há um planeta com massa semelhante à de Júpiter, metade têm planetas com a massa de Netuno e dois terços têm superterras, o que indica que o número médio de planetas em torno de estrelas é maior que um.
"Anteriormente pensava-se que a Terra seria única na nossa Galáxia. Mas agora parece que literalmente bilhões de planetas com massas semelhantes à da Terra orbitam estrelas da Via Láctea", diz Daniel Kubas, coautor do artigo científico.

Mudança climática provoca "estresse térmico" nas aves europeias

As aves e borboletas europeias se deslocam em direção ao norte seguindo a mudança climática, uma "viagem" que não é rápida e que acaba impedindo que estas espécies permaneçam em áreas mais adequadas, o que acaba provocando um estresse térmico constante.
Denominado "dívida climática", este fenômeno pode representar um problema para a conservação da biodiversidade europeia, como apontam os autores da pesquisa internacional que revela que as borboletas e os pássaros se movimentam para o norte em ritmos diferentes.
Elaborada em colaboração com a Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) e publicada na revista Nature, a pesquisa mostra que os pássaros podem ser encontrados 212 km afastados de suas áreas climáticas adequadas, enquanto as borboletas estão a 135 km.
Por conta desta alteração, muitas espécies que antes conviviam no mesmo espaço agora já não coincidem e, por isso, os ecossistemas europeus estão mudando "em velocidades nunca vistas antes", assinalam os pesquisadores do Centro de Pesquisa Ecológica e Aplicações Florestais (CREAF) da universidade espanhola.
Muitos pássaros que se alimentam de lagartas de borboletas não teriam alimento suficiente e, em geral, isto poderia desencadear em uma menor disponibilidade de recursos para outro bom número de espécies. O trabalho demonstra que durante as duas últimas décadas, a distribuição das comunidades de aves e de borboletas no território europeu foi respondendo de forma descompassada ao aquecimento global, uma dívida climática que ameaçam uma série de espécies.
Os resultados do estudo mostram que, entre 1990 e 2008, a temperatura média europeia se deslocou em direção ao norte 249 quilômetros. Para manter as condições meteorológicas parecidas, as espécies deveriam ter percorrido os mesmos quilômetros no mesmo período de tempo.
No entanto, o estudo revela que, na média, as comunidades de aves na Europa se movimentaram em direção ao norte só 37 km, enquanto as borboletas teriam percorrido 114 km, um fato que gera essa forma de defasagem.
"A dívida climática e o estresse térmico fazem com que tanto os pássaros como as borboletas sejam cada vez mais vulneráveis a possíveis ameaças", aponta o especialista Constanti Stefanescu do Museu de Granollers de Ciências Naturais, que participou da pesquisa.
Para desenvolver este estudo, os pesquisadores calcularam a temperatura média em que vive cada espécie e, a partir destes dados e dos acompanhamentos de aves e borboletas, compararam com a temperatura associada a cada comunidade (CTI).
Analisando o valor do CTI em mais de 10 mil áreas de amostragem de biodiversidade, desde Escandinávia até a bacia Mediterrânea, foi constatado que este índice aumentou (entre 1990-2008) em magnitude de deslocamentos em direção ao norte de forma surpreendente.
Este resultado não é relacionado apenas com a chegada de novas espécies, mas, principalmente, por mudanças na abundância das povoações, segundo os dados obtidos na Finlândia, Suécia, Reino Unido, Países Baixos, República Tcheca, França e Espanha.
O aumento do CTI durante o período de estudo foi visualizado na maior parte dos países europeus, mas o deslocamento em direção ao norte é muito mais visível nos países escandinavos, onde os efeitos da mudança climática seriam mais influentes que nos mediterrâneos.

Cientistas estão a ponto de extrair água mais pura e antiga do mundo

Cientistas russos estão prestes a extrair água mais pura e antiga do planeta no lago Vostok, situado sob o gelo na Antártida, informou nesta quarta-feira àAgência Efe Valery Lukin, chefe da expedição antártica da Rússia. "Recomeçamos a perfuração do gelo antártico em 2 de janeiro. Neste tempo, avançamos 16 metros", afirmou Lukin, subdiretor do Instituto de Pesquisas Árticas e Antárticas (IIAA), com sede em São Petersburgo.
Embora seja desconhecida com exatidão a profundidade máxima do lago, o cientista acredita que nas próximas semanas o perfurador, que no ano passado superou 70 m de gelo grosso em menos de um mês, chegue ao seu destino. "Estamos em 3.736 m e poderiam faltar entre 10 e 50", disse Lukin, que destacou que os cientistas usaram o método sísmico e de radiolocalização para calcular os dados, cuja margem de erro é de cerca de 20 m.
Lukin explicou que a expedição russa chegou à Antártida em 28 de novembro e dedicou mais de um mês para preparar os equipamentos e analisar as mudanças observadas no gelo para retomar a perfuração. No ano passado, a expedição russa se viu obrigada a adiar os trabalhos devido ao aumento da pressão e a diminuição das temperaturas, formando cristais de gelo que impediram seu avanço.
O Vostok, lago que ficou escondido durante milhões de anos, abriga um ecossistema único que está repleto de oxigênio com níveis 50 vezes superiores aos de água doce. "Essa água é provavelmente a mais pura e antiga do planeta. Não temos provas concretas, mas dados de que a superfície é estéril, embora no fundo do lago haja formas de vida como termófilos e extremófilos (microorganismos que vivem em condições extremas)", destacou Lukin.
Conforme os cientistas russos, os resultados da exploração do lago antártico serão fundamentais para o estudo da mudança climática na Terra durante os próximos séculos, já que o Vostok é uma espécie de termostato isolado do resto da atmosfera e da superfície da biosfera durante milhões de anos. Com cerca de 300 km de comprimento, 50 de largura e quase 1 mil metros de profundidade em algumas áreas, o Vostok é uma massa de água doce em estado líquido que está no centro da Antártida.
O Vostok, com uma superfície de 15.690 km², similar a do siberiano Baikal - a maior reserva de água doce do mundo -, é o maior lago subterrâneo entre os mais de 100 que estão sob o gelo antártico. Descoberto em 1957 por cientistas russos, o Vostok foi incluído na lista das descobertas geográficas mais importantes do século 20.

Telescópio descobre El Gordo, o maior objeto no espaço

O VLT (Very Large Telescope), que são as lentes mais poderosas do mundo, no Chile, encontraram o maior objeto celeste já visto pelo homem. Trata-se de um enorme aglomerado de galaxias que ganhou apelido de El Gordo.


O VLT (Very Large Telescope), que são as lentes mais poderosas do mundo, no Chile, encontraram o maior objeto celeste já visto pelo homem. Trata-se de um enorme aglomerado de galaxias que ganhou apelido de El Gordo.
El Gordo é resultado da colisão entre dois aglomerados menores a vários milhões de quilômetros por hora. O fenômeno foi registrado a sete bilhões de anos-luz da Terra. As imagens foram divulgadas pelo ESO (Observatório Europeu do Sul).
O conjunto de galáxias está tão longe da Terra que sua luz demora 7 bilhões de anos para chegar até a Terra. Os dados foram divulgados em um encontro da Sociedade Astronômica Americana, realizado nesta semana em Austin, no estado do Texas. Segundo Felipe Menanteau, cientista da Universidade Rutgers e coordenador do estudo, o grupo de galáxias foi encontrado após uma distorção na "radiação cósmica de fundo" -- o registro pela primeira radiação do Universo, deixada pelo Big Bang, a explosão que teria iniciado o cosmo há 13,7 bilhões de anos.
"Este aglomerado tem mais massa, é mais quente e emite mais raios-x do que qualquer outro aglomerado encontrado a esta distância ou a distâncias ainda maiores", acrescentou. Os pesquisadores são da opinião de que estudar os aglomerados pode ajudar a entender, entre outros elementos, a matéria e a energia escura. A descoberta foi feita porque se detectou uma distorção da radiação cósmica de micro-ondas.
Aglomerados de galáxias gigantescos como este são exatamente o que estávamos procurando,” disse o membro da equipe Jack Hughes, da Universidade Rutgers. “Queremos ver se conseguimos compreender como se formam estes objetos tão extremos, utilizando os melhores modelos cosmológicos disponíveis hoje em dia.”

Rússia afirma que sonda deve cair no oceano Índico

Local exato da queda só poderá ser calculado três dias antes de a sonda atingir a superfície da Terra

Autoridades russas esperam que a sonda Phobos-Grunt caia no oceano Índico, longe de qualquer área populosa. No entanto, ainda não é possível garantir o local exato da queda.

A agência espacial russa afirmou nesta quarta (11) que é preciso uma janela de três dias para poder definir onde os fragmentos da sonda vão cair exatamente. Espera-se que a queda seja no domingo(15), às 7h18 (horário de Brasília) a cerca de 1.700 quilômetros de Jacarta. De acordo com a agência espacial, a previsão ficará mais precisa conforme a sonda se aproximar da Terra.
Antes a agência havia previsto que fragmentos da sonda poderiam cair entre sábado e domingo em qualquer local entre as latitudes 51.4 Norte e 51.4 Sul - o que poupava apenas habitantes da Rússia, Escandinávia e de parte do Canadá.
A sonda russa Phobos-Grunt foi lançada, em novembro, para a lua marciana Phobos em uma missão que duraria dois anos e meio. A sonda buscaria amostras do solo e retornaria a Terra. Mas ela ficou presa na órbita da Terra.
Desde o lançamento em novembro, engenheiros russos e da Agência Espacial Europeia têm tentado, sem sucesso, tirá-la da órbita terrestre e mandá-la em direção à lua marciana Phobos.

A Phobos-Grunt pesa 13,2 toneladas e a maior parte de seu peso vem de uma carga de combustível extremamente tóxica. Especialistas alertaram que caso o combustível se congele, uma parte dele poderia ser derramada na Terra, representando um grande perigo se fosse lançado em áreas populosas.
A agência tem insistido que todo o combustível será queimado na reentrada da sonda. A combustão deve ocorrer a cerca de 100 quilômetros antes de atingir o solo ou a água. A agência afirma também que 10 quilos de Cobalto-57, material radioativo contido em um dos equipamentos da sonda, também não representam ameaça de contaminação. No entanto, a superfície da Terra será atingida por cerca de - cujo peso total é no máximo de 200 quilos - não vão se queimar na reentrada, e deverão se espatifar na superfície da Terra.
O Centro Geral de Reconhecimento Espacial do Ministério da Defesa russo, que determinou com precisão a data e o local da queda do UARS e do ROSAT, vigia os parâmetros da órbita da estação ininterruptamente.

(Com informações da AP)

Judeus ashkenazis possuem variação genética que protege do Parkinson

Os ashkenazis, judeus de origem centro-europeia, possuem uma variação genética que os protege do mal de Parkinson e que agora será analisada por cientistas da Universidade de Tel Aviv para o desenvolvimento de remédios contra esta doença. A pesquisa, realizada com 1.360 pessoas dessa origem étnica, uma parte portadora da doença e outra sadia, demonstrou que um em cada quatro ashkenazis que vivem em Israel é imune devido a uma modificação genética, informou nesta quarta-feira o jornal Israel Hayom.
Esta condição, que reduz as chances de sofrer a doença em mais de 30%, é comum em filhos de ashkenazis por parte de pai e mãe, embora também ocorra quando um só dos progenitores é desta origem, porém a porcentagem diminui. Os pesquisadores do Departamento de Genética da Universidade de Tel Aviv e do hospital Ikhilov chegaram à conclusão de que um em cada 70 judeus ashkenazis possui um variante genético capaz de neutralizar quase totalmente a doença. "As pessoas que têm esta variação possuem 90% menos chances de sofrer de Parkinson", disse ao jornal o pesquisador Avi Or-Ortger.
Com estes resultados os médicos esperam detectar elementos genéticos que podem fornecer uma defesa efetiva contra essa e outras doenças degenerativas do cérebro. Em Israel, uma em cada 50 pessoas acima dos 60 anos padece de mal de Parkinson, o que equivale a 25 mil doentes.

Estudo: cultivo prolongado altera cromossomos de células-tronco

Uma pesquisa internacional com células-tronco embrionárias humanas revela que alterações cromossômicas são observadas após longo tempo de cultivo em laboratório, fazendo que deixem de ter as condições ideais para terapia em seres humanos. O trabalho utilizou amostras da BR-1, primeira linhagem de células-tronco desenvolvida na América Latina, preparadas no Instituto de Biociências (IB) da USP. Os resultados do experimento foram divulgados em artigo da revista Nature Biotechnology, publicado no último mês. As informações são da Agência USP.
A pesquisa foi coordenada pelo International Stem Cell Initiative (ISCI), uma organização internacional que direciona as pesquisas envolvendo células-tronco embrionárias. A BR-1 é uma das 125 linhagens de células desenvolvidas em todo o mundo analisadas no estudo. "O experimento procurou analisar o comportamento das células-tronco durante prolongado tempo de cultivo", afirma a pesquisadora Ana Fraga, do IB, que participou da pesquisa. "Sabe-se que as células cultivadas apresentaram alguma instabilidade, o que pode comprometer seu uso futuro em terapia".
O estudo verificou que com o passar do tempo e o envelhecimento das linhagens, as células em cultura apresentavam alterações em uma região do cromossomo 20. "Essa mudança faz com que as células deixem de ter o cariótipo (conjunto de cromossomos) considerado ideal para a continuidade das pesquisas", aponta Ana. As células-tronco possuem grande capacidade de se dividir, e pelo processo de diferenciação celular, podem se converter em diversos tipos de tecidos do corpo humano.
Cultivo
Como nem todos os genes envolvidos nessa alteração cromôssomica são conhecidos, não se sabe que efeito as células-tronco teriam caso fossem injetadas no organismo."Seu uso para terapia não seria considerado seguro", ressalta a pesquisadora. "É possível que as alterações sejam selecionadas pelas atuais condições de cultivo das células, o que deverá ser objeto de novos estudos".

O estudo utilizou a BR-1, primeira linhagem de células-tronco embrionárias gerada na América Latina. "O DNA extraído de células da linhagem foi enviado para análises epigenéticas em Cingapura e um lote de células congeladas seguiu para o Reino Unido, para análise citogenética", explica a pesquisadora.
A preparação da linhagem para utilização na pesquisa aconteceu na unidade do Laboratório Nacional de Células-tronco Embrionárias (LaNCE) sediada no Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências (IB) da USP. Coordenado pela professora Lygia da Veiga Pereira, do IB, o principal objetivo da unidade é produzir novas linhagens de células-tronco embrionárias humanas.
De acordo com Ana, os resultados do experimento mostram que os cientistas ainda estão distantes de obter soluções ideais para o cultivo de células-tronco embrionárias. "O maior mérito dessa iniciativa é apontar peculiaridades já verificadas isoladamente e que contribuirão para o desenvolvimento dos meios de cultura e das práticas de cultivo", afirma.

Mianmar: macacos de cara chata são registrados pela 1ª vez

Pesquisadores registraram as primeiras imagens dos macaco de cara chata em Mianmar. Foto: EFE


Uma equipe internacional de primatólogos conseguiu capturar as primeiras imagens de uma nova espécie de macaco de cara chata, a qual foi descoberta há dois anos no norte de Mianmar e deve contar com menos de 330 animais. "Trata-se dos primeiros testemunhos do animal em seu habitat natural", destacou o biólogo birmanês Ngwe Lwin, da Associação de Conservação da Natureza e a Biodiversidade de Mianmar, durante a apresentação das fotos.
Este trabalho de mapeamento de espécie também contou a participação das organizações Fauna & Flora International, a Biodiversity and Nature Conservation Association e a People Resources and Conservation Foundation. Jeremy Holden, que coordenou a colocação das câmaras, indicou que não foi um trabalho simples, já que tiveram que enfrentar as nevadas de janeiro e as persistentes precipitações de abril. As dificuldades eram ainda maiores pelo fato dos especialistas desconhecerem o lugar exato onde habitava a comunidade de macacos de cara chata descoberta em 2010.
A espécie, batizada de Rhinopitecus strykeri, se destaca ao apresentar uma pelagem inteiramente negra e caudas "relativamente" longas, que equivalem a uma vez e meia o tamanho de seu próprio corpo. Embora a espécie seja nova para a ciência, o macaco de cara chata é conhecido pelos caçadores da região, que afirmam que o "nwoah" (no idioma local) é relativamente fácil de ser encontrado, já que o animal começa a espirrar quando chove.
Para evitar a entrada de água de chuva no nariz, estes símios costumam passar os dias chuvosos sentados com a cabeça entre os joelhos. Já nos meses de verão, entre maio e outubro, os macacos vivem nas montanhas e só descem no inverno, quando a comida começa a faltar.
O primatólogo Frank Momberg, da Fauna & Flora International, se reuniu com vários caçadores locais e descobriu que entre 260 e 330 animais da espécie se concentram em uma área de 270 km² nas margens do rio Maw, situado no estado de Kachin, no nordeste de Mianmar. Os macacos encontrados vivem isolados devido às características de Kachin, o qual conta com duas barreiras naturais, os rios Mekong e Salween.
Na China e no Vietnã existem algumas espécies de macacos de cara chata. Porém, esta é a primeira vez que a comunidade científica internacional consegue localizar o animal em Mianmar.

Tim Cook da Apple ganhou 295,7 milhões de euros

Tim Cook da Apple ganhou 295,7 milhões de euros


CEO da Apple Tim Cook ganhou compensações por parte da Apple no valor de 378 milhões de dólares, cerca de 295,7 milhões de euros.



O actual CEO da Apple Tim Cook, que sucedeu no cargo a Steve Jobsganhou compensações monetárias por parte da Apple no valor de 378 milhões de dólares, cerca de 295,7 milhões de euros. Em comparação, na última passagem como CEO da Apple, Steve Jobs tinha salário de um dólar, menos de um euro.
Aquando da sua nomeação para CEO, a Apple ofereceu a Tim Cook um milhão de acções da fabricante do iPhone e do iPad: metade delas serão adquiridas em 2016 e a outra metade será adquirida em 2012.

Tim Cook da Apple ganhou 295,7 milhões de euros

Além das acções prometidas pela Apple, Tim Cook auferia ainda um salário de 900 mil dólares anuais, cerca de 703 950 euros. Em Novembro de 2011, com as acções da Apple a subirem de valor, também o salário foi aumentado para 1,4 milhões de dólares, 1,1 milhões de euros.
Todos os dados foram revelados pela Apple, que diz ainda que Robert Iger, CEO da Walt Disney Co., deverá ser eleito para a comissão da Apple além de outros seis directores que estarão presentes no encontro anual da Apple.