domingo, 28 de agosto de 2011

Faceboook salvou meu filho, diz escritora americana


A escritora americana Deborah Copaken Kogan sofreu com uma doença misteriosa que atingia o filho Leo em maio deste ano. Ela descobriu a causa da doença e a urgência em tratá-la não nos consultórios médicos, mas no mural do Facebook. O relato da mãe grata à rede criada por Mark Zuckerberg foi publicada na revista online americana Slate.
Kogan conta que a primeira suspeita era de que a doença do filho era uma infecção na faringe. Enquanto esperava o resultado dos exames, tirou uma foto do filho de 4 anos, com febre e o rosto vermelho, e publicou em sua conta no Facebook. Tratada apenas como uma infecção, a escritora foi atualizando as informações sobre o estado de saúde da criança na rede. Na manhã seguinte, nova piora, e outras fotos no Facebook, cada uma mostrando o rosto do garoto mais inchado.
Dez minutos depois, uma antiga vizinha viu a atualização de Kogan na rede e ligou, pedindo para que ela levasse o filho a um hospital o quanto antes. O filho da amiga teve os mesmos sintomas e foi diagnosticado com Kawasaki, uma doença rara, e por vezes fatal, que ataca as artérias coronárias que envolvem o coração. "Quanto mais você esperar, pior o dano", alertou. A escritora correu para a internet para pesquisar a doença e comprovou que muitos sintomas da doença coincidiam com os de seu próprio filho.
Aos poucos, os comentários no Facebook ficaram repletos de outras histórias e até opiniões de médicos reafirmando a urgência do caso. A escritora relutou em crer nos comentários e na Wikipédia, mas a rapidez da resposta a fez superar o medo de alguma informação errada. "Parecia errado e, no entanto, o imediatismo do feedback no Facebook foi o suficiente para me empurrar para fora da porta", diz Kogan, que levou o filho ao hospital dizendo que ele sofria da doença - o que foi comprovado no mesmo dia.
No relato, a escritora diz que o filho se recupera lentamente da crise, mas que ele pode sofrer um ataque do coração a qualquer momento. Segundo ela, tanta informação gerou uma sensação de solidão. "Mas graças aos meus amigos do Facebook e seu apoio contínuo, não me sinto tão sozinha", diz a escritora.

Engenheiro colombiano cria marcapasso menor que grão de arroz


O engenheiro eletrônico colombiano Jorge Reynolds, criador do primeiro marcapasso, há 53 anos, anunciou neste final de semana o lançamento de um dispositivo que mede um terço de um grão de arroz e que não precisa de bateria. O anúncio da criação ocorreu durante o o 4º Salão de Inventores e Alta Tecnologia em Medellín, na Colômbia, segundo informações divulgadas neste domingo pela rádio Caracol.
Reynolds, 75 anos, foi o inventor do primeiro marcapasso artificial externo com eletrodos internos em 1958, que pesava quase 50 kg e funcionava com uma bateria de automóvel. O engenheiro destacou que sua nova invenção poderá ser acompanhada por cardiologistas "de qualquer parte do mundo" pelo computador e pela internet, e aproveitará a própria energia do coração - quando o órgão se contrai - para funcionar.
O novo nanomarcapasso, segundo seu criador, pode ser implantado facilmente em uma cirurgia ambulatorial. Reynolds disse que este dispositivo foi um trabalho de 11 anos do grupo de pesquisa Acompanhamento do Coração Via Satélite, que ele faz parte, e que conta com o apoio do Instituto de Tecnologia de Taiwan, de universidades dos Estados Unidos e de alguns países europeus.
Além disso, ele assinalou que em breve vai iniciar testes com animais e calculou que em cinco anos o dispositivo poderá ser implantado em pessoas. O engenheiro destacou também que outra vantagem do aparelho será seu custo, pois será vendido por cerca de US$ 1 mil, valor muito inferior aos US$ 12 mil que custam em média os aparelhos atuais, muito maiores que o novo e que exigem bateria.
Reynolds estudou as frequências do coração de atletas, paraquedistas e de diferentes animais - entre eles, fez várias pesquisas acústicas nas baleias jubarte (Megaptera novaeangliae) em águas do Oceano Pacífico colombiano.

EUA: laboratórios encontram molécula que pode prevenir AVC


Os laboratórios americanos Bristol-Myers Squibb (BMS) e Pfizer divulgaram neste domingo resultados promissores de um vasto estudo sobre uma nova molécula que poderá reduzir a frequência dos acidentes vasculares cerebrais (AVC).
Esse estudo de fase III (a última antes de solicitar a comercialização do medicamento) foi feito com 18.201 pacientes, e demonstrou a superioridade do apixaban (nome comercial: Eliquis) sobre o warfarin - o tratamento de referência - nos pacientes que sofrem de fibrilação arterial, asseguraram os laboratórios.
Para esse tipo de pacientes, o apixaban é o primeiro anticoagulante que reduz "significativamente" os riscos de morte, afirmaram os dois gigantes em comunicado.
Os pacientes que tomam apixaban apresentam uma probabilidade inferior a 21% de padecer de um acidente vascular cerebral em relação aos pacientes tratados com warfarin, assim como 31% menos probabilidades de padecer de uma hemorragia importante e 11% de morrer.
Os resultados foram apresentados neste domingo durante o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia em Paris e publicados no jornal especializado New England Journal of Medicine.
O estudo, realizado em 1.034 hospitais de 39 países, foi coordenado pelo Duke Clinical Research Institute (Carolina do norte, sul dos Estados Unidos) e pelo Uppsala Clinical Research Institute (Suécia), informaram BMS e Pfizer.
O risco de ter um AVC é uma crescente preocupação gerada pelo envelhecimento da população.
Segundo os autores do estudo, 5 milhões de americanos e 6 milhões de habitantes da União Europeia sofrem de fibrilação arterial, a forma mais comum de perturbação do ritmo cardíaco, o que os coloca na categoria de risco de sofrer AVC.
A confirmação do potencial da nova molécula seria uma boa notícia para a Pfizer e BMS, que precisam enfrentar o avanço dos genéricos no mercado de medicamentos.

Novo anticoagulante salva mais vidas que varfarina em estudo


Um anticoagulante experimental da Bristol-Myers Squibb e da Pfizer salvou mais vidas do que o tratamento convencional com varfarina em um grande estudo realizado. Embora o Eliquis seja o terceiro remédio a entrar no mercado em meio a uma nova categoria de anticoagulantes orais, os dados apresentados neste domingo no maior encontro médico da Europa significam que a droga pode ser vista como a melhor da classe.
Pessoas com arritmias cardíacas perigosas e que receberam Eliquis têm 21% menos chance de sofrer derrames do que aquelas que ingerirem varfarina, um remédio cheio de problemas, desenvolvido inicialmente com veneno de rato e que necessita de exames sanguíneos regulares.
A nova droga também produz uma redução relativa de 31% do risco de hemorragia, especialmente no cérebro, e em 11% no risco de morte por qualquer motivo, mostraram os resultados de um estudo que durou quase dois anos e do qual participaram 18 mil pacientes.
O benefício da baixa mortalidade alcançou por pouco uma estatística relevante, mas a descoberta coloca o Eliquis à frente de seus dois maiores rivais. Isso deve ser explorado pela Bristol e a Pfizer em uma guerra de mercado com o Pradaxa, da Boehringer Ingelheim - atualmente a única medicação alternativa à varfarina aprovada para prevenção de derrames -, e o Xarelto, da Bayer e Johnson & Johnson, que deve ser aprovado em breve.
"Dá muita confiança quando você vê um remédio que reduz a mortalidade. É outra coisa da qual podemos nos orgulhar", afirmou à Reuters o doutor Chris Granger, do centro médico da Universidade de Duke, que liderou o estudo.
O resultado significa que ministrar Eliquis em vez de varfarina por 1,8 ano - o tempo médio do estudo - evita oito mortes em cada 1 mil pacientes tratados.
Todas as três novas drogas estão competindo por uma fatia do mercado que substituirá a varfarina e que analistas da indústria acreditam que pode render de US$ 10 bilhões a US$ 20 bilhões por ano até o final da década. Atualmente, especialistas ouvidos pela Thomson Reuters Pharma esperam vendas de US$ 1,6 bilhão do Eliquis, ou apixaban, em 2015. O medicamento deve ser submetido a aprovação no final deste ano.
O valor é menor do que os US$ 3 bilhões de previsão para o Xarelto, e alguns especialistas preveem que essa disputa agora vai pender para o lado do Eliquis. "O perfil de sangramento é espetacular e é o que vai dar a fatia de mercado", afirmou Mark Schoenebaum, um analista do ISI Group, que vê o Eliquis abocanhando pelo menos 60% do mercado de prevenção de derrames.
Em um editorial na publicação New England Journal of Medicine, no qual foram divulgados os dados apresentados neste domingo no encontro anual da Sociedade Europeia de Cardiologia, a doutora Jessica Mega, do Hospital Brigham e das Mulheres, de Boston, afirmou que os resultados eram "impressionantes", mas alertou ser difícil fazer comparações entre drogas diferentes, devido às variações de testes clínicos.

LulzSecBrazil anuncia que abandonará ações virtuais


O grupo de hackers Lulz Security Brazil divulgou no Twitter, neste domingo, que encerrará suas atividades virtuais para se dedicar ao ativismo real. Segundo a mensagem publicada no microblog, o anúncio oficial será feito na noite de hoje na webradio do grupo. Eles assumiram a autoria de diversos ataques e invasões a sites do governo, Ministério Público, Polícia Federal, entre outros.
"Hoje a partir das 20h30! Estaremos ao vivo na nossa webradio para anunciar o fim das atividades virtuais! E seguir rumo ao ativismo real", anunciou o grupo no perfil @LulzSecBrazil.
O grupo seria o braço brasileiro do Lulz Security, que se apresenta como grupo de hackers que derruba sites a partir de ataques de DDoS - Distributed Denial of Service - apenas pela diversão (just for the Lulz). Em junho, a célula internacional invadiu os servidores da empresa Sony videogames e divulgou os dados de 100 milhões de usuários na internet.
Nesse mesmo mês, eles anunciaram uma parceria com o Anonymous, grupo que atacou empresas que deixaram de prestar serviços ao site WikiLeaks no final do ano passado, em uma iniciativa chamada "Operação Antisegurança" para rebater ações governamentais de controle da internet.
No entanto, a célula brasileira parece ter adotado uma posição mais política. Os ataques são seguidos da divulgação de informações supostamente retiradas dos bancos de dados da Polícia Federal, Ministério Públicos e outros órgãos governamentais. Em diversas mensagens, o Lulz Security Brazil conclama um levante popular contra a corrupção no Brasil, tendo organizado manifestações em algumas cidades brasileiras.

Da Bina ao Kinect: veja tecnologias criadas por brasileiros



NILTON KLEINA
Quando o assunto é o Brasil, reclamamos da corrupção e da impunidade na política, dos problemas na educação e da sensação de insegurança. Quando se trata dos demais países, achamos que a imagem da nação que é passada a eles é resumida em futebol, samba e favelas.
No mundo da tecnologia, entretanto, isso não é bem assim. O Brasil é bastante respeitado na área e tornou-se com o tempo um grande berço de inovações que alcançaram todo o globo. O TecMundo juntou alguns desses notáveis pesquisadores em uma verdadeira seleção brasileira com o melhor da tecnologia tupiniquim.
Radiotransmissão: o padre pioneiro
Quando pensamos em avanços na ciência, logo imaginamos a modernidade, os aparelhos revolucionários e as descobertas recentes. Mas o Brasil já era um expoente na área há muito tempo, como no caso do padre gaúcho Roberto Landell de Moura, que é um dos responsáveis pelo invento do rádio.
É isso mesmo: em 1900, o brasileiro fez a primeira transmissão de voz através de uma máquina sem a ajuda de fios, utilizando ondas eletromagnéticas e modulação do som. A técnica era tentada por cientistas de todo mundo, mas foi Landell o primeiro a ter êxito.
Infelizmente, o governo brasileiro não o ajudou na continuidade do projeto e apenas algumas de suas patentes foram reconhecidas aqui e nos Estados Unidos - ao contrário do italiano Marconi, considerado mundialmente como o inventor do rádio, que foi devidamente financiado e desenvolveu de vez a tecnologia.
Kinect: toque tupiniquim no Xbox 360
Na E3 de 2010, o mundo foi apresentado ao Project Natal (rebatizado de Kinect), uma revolucionária tecnologia para os videogames. A proposta todo mundo já conhece: jogar no console da Microsoft sem a ajuda de controles, utilizando apenas comandos feitos pelos movimentos do corpo do jogador, rastreados por um sensor especial.
O que pouca gente conhece é que um brasileiro é a cabeça por trás do aparelho: o engenheiro curitibano Alex Kipman, que vivia há mais de dez anos nos Estados Unidos quando teve a ideia para o aparelho.
A ideia veio de uma forma curiosa: durante as férias em sua terra natal, ele se inspirou na vida sem tecnologia, botões e aparelhos em excesso - e utilizou esse pensamento para inovar na área e dar controle total ao corpo do jogador. O "Natal" do nome também não é coincidência: a cidade é uma das favoritas de Kipman.
Maglev Cobra: o trem sustentável
Há alguns anos, os trens maglev já existiam em outros países, até mesmo em escalas comerciais, como é o caso da China. Mas isso não impede o Brasil de ter sua participação: o Maglev Cobra, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é um promissor projeto na área de transporte público.
Movimentando-se através de levitação magnética, os trens maglev têm problemas de consumo para manter-se fora do chão. É aí que entra o dedo dos cientistas brasileiros: teoricamente, o projeto nacional não tem consumo algum, exceto um gasto em nitrogênio em estado líquido, um produto barato para universidades (cerca de R$ 0,80/litro). Até a implantação do sistema seria mais em conta do que um sistema de metrôs, por exemplo.
BINA: quem está me ligando?
Todas as vezes que seu telefone tocar e um pequeno aparelho informar qual é o número de quem está efetuando a ligação, agradeça ao eletrotécnico mineiro Nélio Nicolai, inventor do BINA, o popular identificador de chamadas.
Mundialmente utilizado, o aparelho é capaz de rastrear quem está efetuando a chamada através da identificação de sinais e modulações de frequência. Projetado e patenteado em 1977, mas lançado só cinco anos depois, o BINA significa que "B (o receptor) identifica o número de A (quem está ligando)".
Ainda na década de 1980, Nicolai recebeu o reconhecimento internacional pela invenção. Em seguida, entrou em uma polêmica sobre direitos autorais com operadoras brasileiras, que vendiam seu aparelho sem a devida autorização.
O uso do etanol: um substituto real para a gasolina
Antes da década de 1970, quando o assunto era combustível para automóveis, ninguém imaginava que haveria uma alternativa real para a gasolina. Foi aí que aí que o engenheiro Urbano Ernesto Stumpf desenvolveu e patenteou uma série peças que constituíam o motor a álcool, abrindo as portas do etanol para o mundo.
Cinco anos depois, após a primeira grande crise do petróleo, o governo brasileiro entendeu a necessidade de apostar na invenção e lançou o Pró-Álcool, um programa nacional que incentivava o uso do combustível em veículos brasileiros.
O plano deu certo: atualmente, o país é o segundo maior produtor, o maior exportador e o primeiro a atingir o uso sustentável em etanol. O sucesso também é garantido pelos investimentos agrícolas na coleta da matéria-prima (no nosso caso, a cana-de-açúcar), mas a política sustentável brasileira também é reconhecida lá fora.
H2Life: a água potável que vem de você mesmo
Imagine-se perdido em alto-mar ou vítima de um desastre natural. Sem água potável para beber, a desidratação é inevitável. É aí que surge uma das salvações, que no futuro pode estar em seu kit salva-vidas: um canudo que filtra a urina e a deixa própria para consumo.
O curioso aparato é de invenção brasileira, do jornalista e empresário Ricardo Fittipaldi. O canudo realiza duas filtragens, que eliminam resíduos e substâncias da urina, além de uma purificação, que a deixa livre de bactérias e outros organismos que poderiam ser prejudiciais. Seu uso principal seria em situações de risco, como resgates, além de ser presença obrigatória em kits de sobrevivência.
O TecMundo já noticiou o invento - que gerou polêmica entre os leitores, pois a maioria não achou o H2Life nada higiênico, apesar das garantias do Inmetro, que aprovou totalmente o produto.
Walkman: o som portátil é coisa nossa
O aparelho portátil da Sony, que revolucionou a indústria fonográfica ao dar liberdade às pessoas de ouvirem o que quiserem com um aparelho que pode ser carregado no bolso, tem suas origens em terras brasileiras. Nascido na Alemanha e criado no Brasil, Andreas Pavel desenvolveu em 1972 o primeiro reprodutor estéreo de áudio portátil (utilizando as finadas fitas cassete), sob o nome de stereobelt.
Ele até registrou as patentes em vários países, mas a Sony iniciou a produção de seu produto anos depois sem a devida autorização ou realização de pagamentos a Pavel. Foi apenas na década de 2000, após muita pressão sobre a empresa, que os royalties foram finalmente concedidos ao legítimo inventor do aparelho.

Embaixada dos EUA "premia" brasileiros com selo no Orkut


Uma ação da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil em parceria com o Google pretende lembrar os 10 anos dos ataques de 11 de setembro de 2001. A iniciativa online premiará com um selo no Orkut os usuários que postarem uma mensagem sobre superação no site do projeto. A campanha, lançada nesta sexta-feira, já recebeu mais de 8 mil mensagens de usuários brasileiros.
O objetivo da campanha é espalhar pelo mundo a mensagem de superação dos Estados Unidos após os ataques terroristas de 2001. A Missão Diplomática dos Estados Unidos no Brasil quer que todos dividam suas histórias, até mesmo adolescentes que não lembram dos ataques de dez anos atrás.
"Sabemos que você também teve momentos de superação. Todos nós passamos por tragédias. Como superar esses momentos? Compartilhe sua experiência com a gente", diz o site do projeto. A iniciativa faz parte de uma série de ações que o governo dos Estados Unidos realiza pelo mundo para lembrar os ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos. A campanha no Orkut, rede social mais popular do País, é exclusiva no Brasil.
Para participar, basta visitar o site da campanha (http://superacao2011.org) e deixar uma mensagem em texto ou vídeo, contando uma história de superação. Os usuários receberão o selo para "colecionar" em seu perfil.
Esta não é a primeira ação da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil a usar o Orkut. Em março, durante a visita do presidente americano Barack Obama ao País, uma comunidade na rede social incentivava o povo brasileiro a discutir e deixar mensagens sobre os assuntos que seriam abordados na passagem de Obama. Os autores dos melhores textos receberam prêmios, que foram desde menções honrosas até equipamentos eletrônicos.

Google TV será lançado na Europa no início de 2012

Eric Schmidt é chefe executivo do Google desde agosto de 2001. Foto: AFP
Eric Schmidt anunciou chegada do serviço na Europa



O Google lançará seu serviço de TV na Europa no início do ano que vem, afirmou o presidente do Conselho de Administração da empresa, Eric Schmidt, nesta sexta-feira.
O Google TV, que permite que usuários acessem conteúdos da internet e da televisão por meio de um navegador, foi lançado nos Estados Unidos em outubro, mas dividiu a opinião de quem o experimentou e foi rapidamente bloqueado nas redes de três das maiores emissoras dos Estados Unidos.
Grande parte da indústria televisiva, como a de notícias e a de telecomunicações, vê o Google de forma suspeita e o acusa de roubar sua receita de publicidade sem contribuir para o custo de produzir a programação.
Schmidt procurou aplacar tais temores da elite das emissoras da Grã-Bretanha em um pronunciamento no festival televisivo de Edimburgo, na primeira vez em que um executivo fora do setor foi convidado para a palestra.
"Algumas pessoas nos EUA temiam que quiséssemos competir com emissoras ou criadores de conteúdo. Na verdade, nosso interesse é o oposto", disse ele a uma plateia que se animou rapidamente com o seu estilo amigável e também com os seus elogios à qualidade da televisão britânica.
"Esperamos apoiar a indústria produtora de conteúdo ao disponibilizar uma plataforma aberta para que a próxima geração de TVs evolua, do mesmo jeito que o Android é uma plataforma aberta para a próxima geração de aparelhos móveis", disse. "Esperamos que o Google TV seja lançado na Europa no início do ano que vem, e claro que a Grã-Bretanha estará entre as maiores prioridades", afirmou.
O Google tem ambições no setor televisivo há tempos, esperando ampliar seu negócio de anúncios online, que trouxe US$ 28 bilhões para a companhia no ano passado. Até o momento, o Google teve pouco sucesso, apesar de possuir o site mais popular do mundo em vídeos, o YouTube.
Na semana passada, porém, o acordo do Google para comprar a Motorola Mobility por US$ 12,5 bilhões deu à empresa a maior fabricante de set top boxes (conversor) que distribui o conteúdo de muitas das maiores companhias de TV a cabo dos EUA.

De alergia a Pentium a difamação, veja processos absurdos

Processos bizarros também acontecem no mundo da tecnologia. Foto: TecMundo/Reprodução



FELIPE ARRUDA
Sabe aquela história de que, hoje em dia, qualquer bobagem é motivo para gritar "Eu vou te processar"? Pois bem, na área da tecnologia e computação, isso também acontece. Veja só esta lista de processos esquisitos que o TecMundo selecionou.
1. A culpa é do Google Maps!
Lauren Rosenberg, uma motorista de Utah, Estados Unidos, dirigia de noite quando, de repente, foi atingida por outro veículo em um cruzamento. Seria só mais uma ocorrência normal, não fosse o fato de que o acidente acabou rendendo um processo contra uma das gigantes da informática.
Rosenberg tentou alegar para a corte norte-americana que o responsável pelo acidente foi o Google Maps, serviço do Google consultado pela motorista antes de prosseguir viagem. A acusação não rendeu uma indenização para Lauren, já que o Google Maps possui avisos que alertam para a confiabilidade das rotas sugeridas, mas ela bem que tentou.
2. Mafia Wars quebra coração
Cheryl Gray, de Michigan, Estados Unidos, conheceu seu namorado de Washington, Wylie Iwan, pelo jogo Mafia Wars, muito famoso no Facebook. O casal passava até oito horas online por dia. O relacionamento corria bem, até que Gray avisou Iwan que estava indo visitá-lo, em Washington.
Nesse momento, Iwan contou que tinha conhecido outra pessoa, em um bar na cidade dele. Agora, Cheryl está movendo um processo contra Iwan e tenta recuperar cerca de US$ 8 mil que ela alega ter gastado em presentes, passagens aéreas, reserva de hotel e até aluguel de veículo. Pior que isso, só se abrisse um processo contra a desenvolvedora do jogo, não é mesmo?
3. Difamados pelo Google
As sugestões de pesquisas feitas pelo Google, enquanto uma ou mais palavras-chaves são digitadas no campo de buscas, podem render situações desconcertantes. O TecMundo já publicou até mesmo uma galeria com as ocorrências mais bizarras (veja pelo atalho http://bit.ly/qlaSYB).
O problema surge quando palavras ruins são associadas a pesquisas que envolvem nomes de pessoas ou de empresas. Na França, por exemplo, o Google foi obrigado a pagar uma indenização depois de o mecanismo de busca ter sugerido a palavra "golpe" (scam) ao lado do nome de um centro de educação à distância. Recentemente, o Google também foi processado por um hotel irlandês, que teve seu nome associado à palavra "falência".
4. Alergia a Pentium
Em 2002, uma mulher holandesa tentou mover um processo contra o Ministério da Economia da Holanda e, aparentemente, também contra a Intel, alegando que o processador Pentium liberava algum tipo de radiação que causava alergia nela. Com processadores 486, porém, nada acontecia. Os tribunais rejeitaram a tentativa de processo.
5. Lindsay Lohan, a "leitólatra"
Quando a empresa de serviços financeiros E-Trade decidiu exibir um comercial na televisão americana, não imaginava que bebês discutindo investimentos e finanças poderiam causar tanta dor de cabeça. A atriz Lindsay Lohan moveu um processo de US$ 100 milhões contra a empresa alegando ter sido difamada pelo comercial, já que a bebê chamada Lindsay acaba sendo "ofendida" com o rótulo de "leitólatra" (milk-aholic), ou viciada em leite, durante a propaganda.
Para quem não se lembra ou não costuma acompanhar as notícias sobre celebridades, Lindsay Lohan já ganhou muito destaque na imprensa por causa do uso abusivo de álcool e drogas. O comercial pode ser visto pelo atalho http://bit.ly/rcjPvW.
6. Falou mal no Twitter
Ao reclamar no Twitter de um apartamento que tinha alugado, Amanda Bonnen acabou sendo processada pela empresa de gestão imobiliária (a Horizon) que havia contratado. A ação exigia uma indenização de pelo menos US$ 50 mil, mas acabou sendo desprezada pelo juiz, que não considerou ofensiva ou difamadora a mensagem publicada por Amanda: ela só reclamou do excesso de umidade e bolor em seu apartamento.
7. Pais contra o Wi-Fi na escola
Quando uma escola de Chicago resolveu disponibilizar acesso wireless à internet para seus alunos, um grupo de pais processou o colégio por estar expondo seus filhos a ondas de rádio que podem trazer danos à saúde das crianças.
Depois de uma avaliação e de a escola se comprometer a acompanhar as pesquisas futuras sobre o efeito dessas ondas no corpo humano, os pais que moveram o processo não se deram por satisfeitos e continuam a exigir o desligamento dos equipamentos. Por enquanto, não conseguiram.
Apesar de a justiça se mostrar cega em algumas ocasiões, em outras ela tem verdadeiros olhos biônicos. Por isso, pense bem antes de processar o Google pelas mensagens de "Bad server, no donut for you". Pode ser que a ação acabe virando notícia no TecMundo.