quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Cientistas encontram nova espécie de macaco no Mato Grosso


Uma nova espécie de macaco foi encontrada na Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt, no noroeste do Mato Grosso, em uma expedição por unidades de conservação da região. O novo primata do gêneroCallicebus - conhecido como zogue-zogue - foi encontrado entre os rios Guariba e Roosevelt pelo biólogo Júlio Dalponte.
Segundo Dalponte, uma espécie de barreira criada pelos dois rios e seus afluentes pode separar ao menos três espécies diferentes do mesmo gênero de macacos. "Esses animais são muito específicos de espaços que ficam entre rios de porte médio e grande. Cada espaço desses tem uma espécie. Então é difícil encontrarmos este mesmo macaco em outros lugares, por exemplo. Daí a importância de conservar essas áreas", disse o biólogo à BBC Brasil.
"Este zogue-zogue, que encontramos entre as margens direita do rio Roosevelt e esquerda do rio Guariba, possui um padrão de coloração do pelo diferente de todas as outras espécies conhecidas do mesmo gênero naquela região". Dalponte afirmou ainda que uma possível segunda nova espécie de macaco foi avistada perto do rio Guariba, mas ainda é preciso fotografá-la.
Classificação
Um dos macacos da nova espécie, que foi encontrado morto, foi levado para o Museu Emílio Goeldi, em Belém, no Pará, onde está sendo estudado e classificado de acordo com as normas internacionais de taxonomia.
"Precisamos comparar as características desses animais com o que já conhecemos. Mas temos certeza de que se trata de uma nova espécie", explicou Dalponte.
No entanto, a descrição completa das características do novo zogue-zogue deve levar pelo menos seis meses para ser concluída. Mais um ano pode ser necessário para que um estudo sobre ele seja aprovado pelos comitês de publicações científicas especializadas.
O animal foi descoberto durante a Expedição Guariba-Roosevelt, organizada pela organização de proteção animal WWF Brasil em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso. A expedição reuniu nove pesquisadores, que percorreram quatro unidades de conservação ambientais do Estado para colher informações e elaborar um novo plano de manejo destas áreas.

Facebook realizará conferência de desenvolvedores em setembro


A próxima conferência de desenvolvedores do Facebook será realizada no dia 22 de setembro em San Francisco, segundo a empresa anunciou nesta quinta-feira em comunicado.
No evento, chamado f8, para o qual os ingressos já estão à venda, serão conhecidos os planos da empresa para os próximos anos. Em edições anteriores esta reunião se caracterizou por anunciar algumas das novidades que potencializaram o uso da rede social.
Na última conferência, realizada em abril de 2010, o fundador e principal executivo de Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou o botão "curtir", agora constantemente utilizado pelo público do site. Desde então, os internautas podem compartilhar seus conteúdos preferidos com um simples clique, sejam páginas que visitem ou serviços que utilizem.
Muitos internautas pediram através de grupos na rede social a criação de um botão com o significado inverso, o "não curtir". Também em abril de 2010, foi criada a ferramenta "Open Graph", que reúne informações sobre os sites nos quais o usuário navegou recentemente e as exibe tanto em seu perfil no Facebook como em outros lugares da rede.
Naquele momento, a rede social contava com cerca de 400 milhões de usuários, um número que praticamente dobrou desde então. Segundo meios da imprensa especializada, a expectativa é que as novidades desta conferência estejam relacionadas com os créditos do Facebook, aplicação usada pela rede social para comprar produtos através do site.

O que acontecerá com a Apple sem Steve Jobs?


A Apple continuará a ser a empresa da inovação tecnológica e do marketing depois da saída do carismático Steve Jobs? Os especialistas, que o celebram como criador sem igual e organizador de talento, estão divididos. Os graves problemas de saúde de Steve Jobs já eram conhecidos. Mas o mercado ficou abalado após o anúncio de sua saída do cargo de diretor executivo na quarta-feira. A segunda maior empresa em capitalização nas bolsas, até então em ótima situação financeira, caiu mais de 5% no pregão eletrônico após o fechamento da Bolsa de Nova York.
A Apple conseguirá se reinventar sem Jobs? Produtos tão revolucionários como o iPhone e o iPad serão criados? "As pessoas que adoram tecnologia e informática dizem: quem vai nos proteger da mediocridade e dos produtos baratos?", resume Jean-Louis Gassée, antigo funcionário da empresa que aproximou Steve Jobs nos anos de 1980 da France Inter. O escritório Gartnet é mais otimista "Eu acredito que a Apple vai conseguir se virar" afirma o analista Van Baker.
"É certo que isso marca o fim de uma era, mas não podemos esquecer que a Apple é muito mais que uma única pessoa, mesmo sendo esta pessoa o Steve Jobs", acrescenta seu colega Michael Gartenberg. Esta é a mesma opinião de Frédéric Filloux, do Monday Note, uma publicação especializada no setor de novas tecnologias e comunicação.
"Eu não acredito que seja uma catástrofe, ele teve tempo suficiente para preparar sua sucessão e instalar uma cultura empresarial e de organização interna, com homens de sua confiança que irão perpetuar seu trabalho", acredita, antes de lembrar que os problemas de saúde de Jobs começaram em 2004. "É verdade que Steve Jobs era um grande visionário, mas ele soube formar suas pessoas", segundo Filloux. O co-fundador da Apple "vai carregar o futuro da empresa", o que pode levar a instituir "uma espécie de organização militar tendendo quase a uma ditadura, onde se aplica regras para preservar segredos focalizando tudo em cima de um produto", explica.
"A Apple se concentra em linhas de produtos que são as mais simples possíveis e as mais eficazes", opinou Filloux. Isso possibilita ter por exemplo "uma parte do mercado enorme com um único modelo de telefone, o iPhone". "Depois do retorno ao controle da empresa em 1997, Jobs teve coragem de criar esta cultura, que do meu ponto de vista, é inalterável, não vai se desfazer em dois anos", diz Filloux.
Para assegurar a continuidade, existe uma parte "hereditária", Tim Cook, que "é menos carismático que Steve Jobs, mas inacreditavelmente forte" e uma equipe responsável pelo design arrojado, sob o comando de Jonathan Ive. A isso, acrescenta que "a empresa está em boas mãos", "os empresários que estão ali desde um certo tempo, já estão na casa dos 50 anos e são dedicados as suas tarefas".
Em termos de imagem, a Apple ficará órfã com a saída de Jobs, afirma Olivier Bomsel, da empresa ParisTech. "No campo da tecnologia, a Apple equivale a um grande ateliê de costura", sublinha. "É muito claro que Jobs vai morrer. Steve Jobs para a Apple é uma espécie de astro do rock ou criador de mundo. É a mesma situação da Dior após a morte de Christian Dior, ou da Chanel depois da morte de Coco Chanel", segundo Bomsel.
"Na música por exemplo, ele conseguiu fazer do iPod um emblema da experiência musical do consumidor, já que antes era o U2 ou os Stones. Quem vai agora personificar a experiência da Apple?"

Sonda descobre estrelas mais frias que o corpo humano

A WISE 1828+2650, o ponto verde no centro da imagem, tem cerca de 25ºC e é a estrela mais fria já registrada. Foto: Nasa/Divulgação

A WISE 1828 2650, o ponto verde no centro da imagem, tem cerca de 25 °C e é a estrela mais fria já registrada


A sonda espacial Wise descobriu as estrelas mais frias já encontradas no universo, com uma temperatura similar à do corpo humano - e até menor -, afirmou nesta terça-feira a Nasa (agência espacial americana) em comunicado. A Wise pode detectar, graças a seu visor infravermelho, débeis resplendores como os destes astros escuros, denominados estrelas anãs.
Após uma década de tentativas por parte da agência espacial para achar estes corpos estelares, a sonda conseguiu detectar seis delas, que se encontram a uma distância relativamente próxima ao nosso sol, cerca de 40 anos-luz.
"A Wise supervisiona todo o céu na busca destes e outros objetos, e foi capaz de ver sua luz débil com seu visor infravermelho de alta sensibilidade", disse Jon Morse, diretor da Divisão de Astrofísica da Nasa em Washington.
"Estas estrelas são 5 mil vezes mais brilhantes nas longitudes de onda infravermelha da Wise, observadas do espaço, do que se fossem observadas da Terra", acrescentou. Os membros mais frios desta família de estrelas são as anãs marrons, que não possuem massa suficiente para fundir átomos em seus núcleos e, portanto, não queimam com o fogo que mantêm estrelas como nosso Sol, que brilha de maneira constante durante bilhões de anos.
Os astrônomos estudam as anãs marrons para compreender melhor como se formam os astros e compreender as atmosferas de planetas fora de nosso Sistema Solar. As atmosferas das anãs marrons são similares às dos planetas gigantes gasosos como Júpiter, mas são mais fáceis de observar, uma vez que estão sozinhas no espaço, longe da forte luz de uma estrela mãe.
Até agora, os dados revelados pela Wise descobriram mais de uma centena de anãs marrons. A sonda realizou o estudo mais avançado do céu em longitudes de onda infravermelha até o momento.

Astrônomos descobrem planeta de diamante


Astrônomos avistaram um planeta exótico que parece ser feito de diamante e que orbita uma pequena estrela no nosso quintal galáctico. O novo planeta é muito mais denso do que qualquer outra conhecido até agora e é composto basicamente de carbono. Porque é tão denso, os cientistas calculam que o carbono deve ser cristalino, assim, uma grande parte deste estranho mundo pode ser efetivamente diamante. As informações são da agênciaReuters.
"A história evolutiva e a incrível densidade do planeta sugerem que ele é composto de carbono - ou seja, é um diamante enorme que orbita uma estrela de neutrons a cada duas horas, em uma órbita tão estreita que caberia dentro de nosso próprio Sol", disse Matthew Bailes da Universidade de Tecnologia Swinburne, em Melbourne.
A 4 mil anos-luz de distância - ou cerca de um oitavo do caminho em direção ao centro da Via Láctea a partir da Terra - o planeta é provavelmente o remanescente de uma estrela massiva, uma vez que perdeu suas camadas exteriores para os pulsares - pequenas estrelas de neutrons mortas, que giram centenas de vezes por segundo, emitindo feixes de radiação.
No caso do pulsar J1719-1438, os raios que regularmente varrem a Terra e foram monitorados por telescópios na Austrália, Grã-Bretanha e no Havaí, permitindo aos astrônomos detectar modulações devido à atração gravitacional de seu planeta companheiro invisível. As medições sugerem que o planeta, que orbita sua estrela a cada duas horas e 10 minutos, tem massa ligeiramente maior do que Júpiter, mas é 20 vezes mais denso, conforme Bailes e seus colegas relataram na revista Science nesta quinta-feira.
Além de carbono, é provável também que o novo planeta tenha oxigênio - com mais predomínio na superfície e cada vez mais raro em direção ao centro rico em carbono. Sua alta densidade sugere que elementos mais leves, como hidrogênio e hélio, que são os principais constituintes dos gigantes gasosos como Júpiter, não estão presentes.

Pesquisadores analisam pela 1ª vez pó de superfície de asteroide


Os pesquisadores analisaram pela primeira vez na história o pó da superfície de um asteroide que possibilitou compará-lo com o material recolhido na Lua e os meteoritos caídos na Terra para continuar com o estudo das origens do Sistema Solar. A revista Sciencepublica esta semana um especial com dados preliminares de seis trabalhos que estão em andamento sobre a análise do material recolhido e utilizado outra vez na Terra em 2010 pela sonda japonesa Hayabusa.
A nave não tripulada, cujo nome em japonês significa "falcão peregrino", foi lançada em 2003 rumo ao asteroide Itokawa, descoberto por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA) em 1998. Este corpo celeste recebeu este nome em homenagem a Hideo Itokawa, o pioneiro da pesquisa espacial japonesa.
Em 2005, aterrissou na superfície de Itokawa, classificado como asteroide de tipo S por sua composição siliciosa, para tirar mostras. Hayabusa retornou a Terra em 2010 e desde então equipes de pesquisadores de todo o mundo passaram a analisar seu conteúdo, cujos primeiros resultados estão sendo divulgados desde a relação com os meteoritos caídos na terra e os diferentes elementos até os que estiveram no espaço.
Primeiros resultados do estudo
Os asteroides são considerados os "restos" que ficaram após a formação do Sistema Solar, por isso os cientistas destacam que seu estudo é fundamental para entender nossas origens, já que abrigam o material mais antigo viável para extrair dados.
O professor Misuru Ebihara, da Universidade Metropolitana de Tóquio e pesquisadores da Austrália e dos Estados Unidos decomporam pequenos grãos para analisar sua composição mineral. Os primeiros resultados de Ebihara indicaram que essas partículas conservaram um "recorde" de elementos primitivos da era adiantada do Sistema Solar, que agora serão comparados com dezenas de milhares de meteoritos que caíram na Terra.
Segundo os estudiosos, a superfície do asteroide foi desgastada pelo impacto com outros corpos celestes, enquanto a Lua esteve mais exposta aos ventos solares e à erosão do próprio espaço. Quanto ao tempo que ficou exposto no espaço, o professor Keisuke Nagao, da Universidade de Ibaraki, e sua equipe estimam que ele exista há quase oito milhões de anos.
Além disso, estabeleceram um vínculo direto entre os isótopos de oxigênio encontrados nos condritos dos meteoritos descobertos na Terra, a maioria, procedentes do tipo S, como este.
Um asteroide pode ser o próximo destino do homem no espaço. A Nasa (agência espacial americana) anunciou seu interesse em voltar a retomar a prospecção espacial além da órbita terrestre baixa, que também incluiria uma viagem a Marte para o ano 2030.

Bactéria comum em insetos pode dar fim à dengue


Uma bactéria comum nos insetos pode se transformar na solução para erradicar a transmissão da dengue, doença cuja variante hemorrágica causa milhares de mortes ao ano, segundo destaca uma equipe de cientistas australianos.
A bactéria, cujo nome é Wolbachia, não é própria dos mosquitos Aedes aegypti, principais transmissores da doença, embora esteja presente em 5 milhões de espécies de insetos.
Se o Aedes aegypti for infectado com a bactéria, "a possibilidade de incubar o vírus da dengue dentro do mosquito diminui", e assim "não seria transmitido às pessoas" explicou Scott O''Neill, chefe da pesquisa publicada nesta quinta-feira na revista "Nature".
Os experimentos, que estão na fase inicial, podem ser um grande passo para a erradicação desta epidemia, informou o cientista australiano.
A dengue é uma doença endêmica na maioria dos países tropicais do mundo, entre eles quase a totalidade das nações da América Latina e do Sudeste Asiático, e afeta a cada ano mais de 50 milhões de pessoas.
Para o experimento, os cientistas introduziram duas cepas da bactéria Wolbachia em uma colônia de mosquitos Aedes aegypti criados pelos pesquisadores, que foram alimentados com sangue infectado pela dengue em um laboratório da Universidade James Cook na cidade nordeste de Cairns.
Ao reproduzirem-se, o número de mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia aumentou, enquanto o daqueles com vírus da dengue diminuiu. Um casal de mosquitos infectados produz menos ovos que um não infectado, e quando um macho infectado cruza com uma fêmea não infectada esta não produz ovos, observaram os pesquisadores.
A Wolbachia, que se transmite através do mosquito fêmea à sua descendência, elimina micróbios presentes no mosquito, incluindo o vírus da dengue.
Os cientistas liberaram em janeiro cerca de 300 mil mosquitos do laboratório com a cepa bacteriana com o objetivo de reproduzirem-se com outros selvagens.
Passadas cinco semanas da liberação foi comprovado que quase todos os mosquitos Aedes aegypti continham a bactéria Wolbachia. "Espera-se que agora essas regiões tenham uma menor incidência de transmissão do dengue", ressaltou Scott O''Neill.
O experimento é o 1º que realizam os cientistas para deter o ciclo de transmissão de uma doença transmitida por uma população de insetos aos humanos. Os cientistas esperam realizar experiências similares na Tailândia, Vietnã, Indonésia e Brasil.

Jobs mudou logo do Google no iPhone por não ter a cor certa



A notícia de Steve Jobs saindo do cargo de CEO, pessoas que trabalharam com Jobs começaram a divulgar algumas histórias curiosas sobre o cofundador da Apple. Uma delas vem de Vic Gundotra, vice-presidente sênior de engenharia do Google, dizendo que recebeu uma chamada urgente de Jobs em um domingo em janeiro de 2008. Gundotra postou a história em seu perfil no Google+.
"Hey Steve, aqui é o Vic", eu disse. "Desculpe não ter atendido a sua ligação antes, eu estava na igreja e o identificador de chamada dizia 'número desconhecido', então não respondi". Steve riu. Ele disse: Vic, a não ser que o identificador de chamada diga que é Deus ligando, você não deve atender ao telefone durante a missa.
Eu ri com nervosismo. Afinal de contas, era comum Steve me ligar durante a semana quando estava chateado com alguma coisa, mas não era normal ele me ligar em um domingo e pedir para eu ligar na casa dele. Eu fiquei pensando o que seria tão importante?"Então, Vic, temos um problema urgente, um que precisava te dizer agora. Eu já designei alguém do meu time para te ajudar e espero que você possa resolver o problema amanhã", disse Steve. "Estive olhando o logo do Google no iPhone e não estou feliz com ele. O segundo O em Google não tem o tom certo de amarelo. Ele está errado e o Greg irá consertá-lo amanhã. Está tudo bem?"
Gundotra também destacou o perfeccionismo de Jobs quanto aos detalhes. "No final das contas, quando penso em liderança, paixão e atenção aos detalhes, eu penso na ligação que recebi de Steve Jobs em um domingo de manhã em janeiro. Foi uma lição que eu nunca esquecerei. Os CEOs devem ligar para detalhes. Mesmo que seja o tom de amarelo. Em um domingo."
Com base no depoimento de Gundotra, o Mac Rumors acredita que a história aconteceu um pouco antes da Macworld de 2008, onde Jobs apresentou os webclips e ícones customizáveis para o iPhone na keynote de abertura do evento. Isso antes de a App Store ter sido lançada.
Killian Bell, do Cult of Mac, diz que chega a ser engraçado que o CEO de uma das maiores companhias do mundo tenha tempo de se preocupar com coisas tão pequenas. "Provavelmente, nem eu e nem você percebemos que o segundo O no ícone do Google não tinha o amarelo certo, mas Steve percebeu e fez de tudo para consertá-lo", escreveu.

Quem é Tim Cook, o substituto de Steve Jobs


Aos 50 anos, ele já ocupou o posto de CEO outras três vezes. Sua prova de fogo será acalmar os acionistas da companhia

Cook, novo presidente-executivo da Apple: a missão é continuar trabalho de Jobs
Cook, novo presidente-executivo da Apple: a missão é continuar trabalho de Jobs (Chris Hondros/Getty Images)
Nesta quarta-feira, o mercado de tecnologia enfim recebeu a notícia que temia: Steve Jobs, presidente-executivo da Apple, deixou seu posto. O cargo será ocupado por seu chefe de operações – e braço direito: Tim Cook. A troca era previsível, uma vez que Jobs já havia nomeado o executivo CEO interino da companhia durante sua licença médica, em janeiro de 2011.
Sem o carisma de Jobs, Cook, de 50 anos, tem a difícil missão de continuar a entregar aos usuários da Apple o que seu antecessor sempre conseguiu fazer: produtos inteligentes – como o iPhone e o iPad – que despertam o interesse de aficionados e neófitos, criando uma sensação de necessidade aos consumidores. Mais: Cook tem a difícil missão de manter a paixão de usuários pela Apple, algo que Jobs sabe fazer muito bem.
Formado em engenharia industrial pela Universidade de Auburn, nos Estados Unidos, Cook está há 13 anos na empresa. Nesse período, compartilhou os palcos com Jobs durante lançamentos e apresentações oficiais da companhia. Enquanto o ex-CEO fazia seu show, Cook ficava responsável por apresentar recursos menores de produtos e serviços, além de introduzir desenvolvedores e parceiros responsáveis por explicar em detalhes os novos recursos.
Em 2004, Cook já havia exercido as funções de presidente-executivo por exatos dois meses, enquanto Jobs se recuperava de uma cirurgia para retirar um tumor do pâncreas. Em 2009, voltou ao controle da empresa enquanto seu superior passava por um transplante de fígado. Experiência, portanto, não lhe falta.
Cook tem uma longa história com empresas de tecnologia. Antes de entrar para a Apple, atuou por 12 anos como diretor na IBM. Em seguida, no ano de 1987, assumiu a vice-presidência de materiais corporativos na Compaq, onde trabalhou por seis meses, até ser convocado pela Apple para assumir o cargo de vice-presidente de operações mundiais. Ele também faz parte do quadro de conselheiros da Nike.
A preocupação imediata de Cook e do conselho da Apple é acalmar seus investidores. Afinal, assim que o afastamento de Jobs foi anunciado, as ações da companhia na bolsa de valores caíram. Sua prova de fogo se dará nos próximos meses, quando ele deve anunciar novos modelos de iPads e iPhones.

Cientistas descobrem rio de 6 mil km debaixo do Amazonas


Cientistas brasileiros descobriram a existência de um rio subterrâneo de cerca de 6 mil km de extensão, que corre por baixo do rio Amazonas a uma profundidade de 4 mil m, informou nesta quinta-feira o jornal O Estado de S.Paulo. A descoberta foi possível graças às pesquisas feitas em 241 poços que a Petrobras perfurou na região amazônica entre os anos 1970 e 1980 em busca de hidrocarbonetos, indica o estudo publicado pelo jornal, que foi realizado pelo departamento de Geofísica do Observatório Nacional.
Essas águas subterrâneas correm a cerca de 4 mil m de profundidade em um curso similar ao do Amazonas e têm uma vazão média calculada em cerca de 3 mil m³/s. Esta vazão representa apenas 3% do que se calcula para o rio Amazonas, que tem suas nascentes na floresta peruana, desemboca no oceano Atlântico no extremo norte do Brasil e é considerado o rio mais longo do mundo, com uma extensão de 6,8 mil km.
Os pesquisadores decidiram batizar o rio subterrâneo de Hamza, em homenagem ao cientista de origem indiana Valiya Mannathal Hamza, que estuda a região há mais de 40 anos.

Foz do Iguaçú registra 1º caso de anta com filhotes gêmeos

Ao lado de Zefa, o tratador Dirceu Soares e o biólogo Marcos de Oliveira (à direita) seguram os gêmeos. Foto: Nilton Rolin/Itaipu Binacional/Divulgação       Ao lado de Zefa, o tratador Dirceu Soares e o biólogo Marcos de Oliveira (à direita) seguram os gêmeos



Veterinários, biólogos e tratadores do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), em Foz do Iguaçú, tiveram uma grande surpresa no final do mês de julho. Zefa, uma das antas do refúgio, teve filhotes gêmeos - algo que, de tão raro, não encontra paralelo nas pesquisas dos profissionais do local. "É o primeiro caso de que temos conhecimento", ressalta o biólogo Marcos de Oliveira, da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu. "E até onde a gente sabe, é a primeira vez que acontece, pelo menos no Brasil".
Para sanar a dúvida, a equipe do RBV procurou ajuda externa e consultou o veterinário Paulo Mangini, pesquisador da vida selvagem e integrante do Grupo de Especialistas em Antas (Tapir Specialist Group), organização internacional formada por defensores da preservação desse animal. O veredito: "Não há registro conhecido de gestação gemelar em antas", disse. "Vocês deveriam escrever uma nota científica para relatar este caso", disse Mangini aos profissionais da Itaipu.
Fêmea exige cuidados especiais
Com quase um mês de vida, um dos pequenos é macho; o outro, fêmea. O casal segue em período de amamentação, que dura em torno de dez meses, aliada à ingestão de alimentos sólidos, iniciada na 2ª semana de vida. São cerca de cinco mamadas por dia. O macho pesou no primeiro dia 8,7 kg; a fêmea, 7,6.
Os filhotes ainda não ganharam nomes e devem acompanhar a mãe por aproximadamente um ano. Um pouco mais fraca que o irmão, a fêmea eventualmente precisa se separar da família para receber os cuidados da equipe do Hospital Veterinário do RBV. A literatura disponível não apresenta informações conclusivas sobre a longevidade do animal, mas o refúgio já teve a anta Raito, que viveu até os 25 anos.
Foi surpresa
Zefa tem três anos e chegou ao RBV ainda jovem. Quando atingiu a maturidade sexual, por volta dos dois anos, conheceu Pimpolho - seu parceiro, que já tem 20 anos de idade. Logo em seguida, teve uma cria. Depois do desmame, veio outra - a dos gêmeos. "Foi uma grande surpresa", diz Oliveira.
Diferentes espécies, o mesmo sucesso
Reproduções em cativeiro bem-sucedidas têm se tornado uma marca do trabalho dos profissionais do RBV. A prioridade é dada a espécies ameaçadas, como o cervo-do-pantanal, a harpia e a jaguatirica, entre outras. "Quando tudo vai bem, com um bom abrigo, manejo, alimentação, enfim, com os devidos cuidados, os animais respondem bem", afirma Oliveira. "Tudo isso faz diferença, e a reprodução é reflexo disso".