sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Estudo: relógio atômico erra em 1 seg a cada 138 milhões de anos

O relógio atômico do Laboratório de Física Nacional da Grã-Bretanha é o mais preciso do mundo. Foto: BBC Brasil


Uma pesquisa apontou que o relógio atômico do Laboratório de Física Nacional da Grã-Bretanha é o mais preciso do mundo. Segundo a pesquisa, feita por pesquisadores americanos e britânicos, o relógio CsF2 se atrasa ou se adianta em um segundo a cada 138 milhões de anos. Essa precisão é o dobro da que se estimava, aponta o estudo, que será publicado na revista científica especializada Metrologia.
O CsF2 é um relógio de fonte de césio que usa o movimento em forma de fonte dos átomos de césio para determinar a duração de um segundo. Os átomos são reunidos em maços de cerca de 100 milhões e direcionados através de uma cavidade onde são expostos a ondas eletromagnéticas. Estas ondas estimulam o átomo para que oscile de forma regular. O Sistema Internacional de Unidades (SI) considera que 9.192.631.770 ciclos de radiação equivalem a um segundo.
Frequência padrão
O Laboratório de Física Nacional britânico é um dos poucos no mundo a prover a chamada frequência padrão para o tempo internacional. A mediação é feita pelo Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM, na sigla em francês), nos arredores de Paris, alimentado por uma rede de mais de 300 relógios em todo o mundo.
Os dados são recebidos via satélite e sua média é calculada pelo BIPM usando os dados de dois laboratórios na França e um nos EUA, Alemanha, Japão e Grã-Bretanha, entre os quais o de Física Nacional britânico. Eventualmente, um segundo pode ser adicionado ou subtraído para corrigir qualquer discrepância.

Pesquisadores reproduzem ostra ornamental com método inédito


Uma espécie de ostra ornamental originária da região do Indo-Pacífico começa a ser reproduzida na Universidade de São Paulo (USP) por um método inédito. Após estudar a anatomia do bivalve, os cientistas encontraram o ponto anatômico ideal para a aplicação de uma injeção de serotonina - composto neurotransmissor -, informou a Agência USP.
"A substância relaxa a musculatura do animal e estimula a desova", explica o oceanógrafo Marcello Scozzafave, um dos integrantes do grupo que vem estudando o sistema reprodutivo da ostra, cujo nome científico é Tridacna maxima.
Até o momento, os pesquisadores conseguiram atingir 90% do ciclo larval da ostra, desde a produção de gametas (células sexuais) até o último estágio larval. Miguel Mies, estudante que integra o grupo, explica que este método de indução à desova já foi reproduzido por pelo menos 30 vezes no Laboratório de Aquicultura do Instituto Oceanográfico da USP.
Ele conta que a primeira fase do ciclo reprodutivo ocorre cerca de 15 horas após a injeção da substância e a fecundação. "Esta fase é denominada trocófora. A segunda fase, chamada véliger, acontece cerca de 24 horas após a fecundação", descreve. Os cientistas atingiram a terceira fase do processo, o pediveliger, que ocorre cerca de sete dias depois da fecundação.
Mies conta que após 15 dias, a Tridacna já atinge o formato de uma ostra adulta, mas ainda pouco visível a olho nu. "Com uma lupa é possível visualizar o animal. Neste estágio ele possui um tamanho pouco maior do que um grão de areia, mas suas formas já estão bem definidas", conta.
"Ao todo, o ciclo de vida desta espécie de ostra pode chegar até mais de 50 anos", ressalta o estudante.
Objeto de desejo
As Tridacnas adultas chegam a custar no mercado nacional entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, dependendo de seu tamanho e coloração. "Na Indonésia chegam a custar US$ 10, e nos Estados Unidos, entre US$ 40 e US$ 50", compara Mies.
Segundo ele, por ser um ornamento raro, alguns colecionadores chegam a pagar valores ainda mais altos. "Sabe-se que um empresário brasileiro chegou a pagar cerca de R$ 12 mil por uma destas", conta o pesquisador, lembrando que, em seu ambiente natural, a espécie Tridacna gigas pode atingir 1,2 m de tamanho.

Foto de Steve Jobs fragilizado vaza na internet


Uma fotografia que supostamente mostra Steve Jobs muito magro e com aparência debilitada foi publicada pelo site americano de celebridades TMZ nesta sexta-feira, dois dias após ele ter deixado o cargo de presidente-executivo da Apple.
A fotografia, que o site disse ter sido tirada nesta sexta-feira, mostra Jobs com uma roupa preta na altura do joelho, de pé com a ajuda de um homem desconhecido, ao lado de um carro. Fotos do ícone do Vale do Silício, que na quarta-feira surpreendeu Wall Street e fãs da Apple ao passar seu cargo de presidente-executivo para o braço-direito Tim Cook, já foram publicadas por vários tabloides este ano.
A saúde de Jobs, que enfrentou um câncer no pâncreas em 2004 e passou por um transplante de fígado em 2009, é motivo constante de especulações. A foto do TMZ, que tem como crédito Pacific Coast News, iniciou uma onda de indignação no Twitter. "Deixem Steve sozinho @TMZ. Vocês são baixos o quanto podem. Isso é o que se chama de "jornalismo" atualmente. Realmente enojado", tuitou @brian-tong.

Apple contrata hacker que fazia jailbreaking no iPhone


A Apple contratou o menino de 19 anos que hackeava o iPhone. Nicholas Allegra ficou conhecido pelo site JailBreakMe, no qual desbloqueava o aparelho.
Nicholas, famoso pelo nome @comex no Twitter, irá começar um estágio em setembro na empresa do agora CEO Tim Cook.
Segundo o site TechCrunch, ele é um dos mais famosos hackers que atuavam na busca de brechas e vulnerabilidades no sistema operacional do iPhone, do iPod e do iPad.
O jilbreaking permite a instalação de aplicativos de outras companhias no iPhone. A preocupação com esta prática é que ela também favorece a pirataria de aplicativos que podem ser usados como oficiais dentro de um aparelho da Apple.

Veja os maiores fracassos de Steve Jobs com a Apple

Nem todas as iniciativas de Jobs com a Apple deram certo. Foto: Gizmodo/Reprodução

Nas duas passagens de Jobs pela Apple, a empresa fez alguns grandes produtos. Seus produtos mais incríveis. Mas ninguém é perfeito. Nem mesmo Steve Jobs. E a Apple produziu alguns lixos completos durante o seu reinado.

Das telas de cinema para a vida real: canadense cria robô Wall-E

Robô Wall-E possui câmera capaz de acompanhar movimento e reconhecer cores e pessoas. Foto: Reprodução/Geek


O canadense entusiasta pela robótica, DJ Sures, deu "vida" a um dos personagens mais comentados do mundo da animação dos últimos anos, o robô Wall-E. No cinema, o robô protagoniza o filme homônimo lançado em 2008 pela Pixar e dirigido por Andrew Stanton.
Inspirado na animação, DJ Sures resolveu tirar o presonagem das telas. Ele criou um robô idêntico ao do filme através de um software de controle chamado EZ-B, alimentado por baterias AA. A criação do canadense possui comando de voz, caminha para todos os lados que você pedir, dança, dorme e ainda reconhece movimentos, cores e rostos através de uma câmera embutida em seus olhos.
A estrutura do robô é possível através de um brinquedo de plástico chamado The U-Command Wall-E. Sures criou ainda um joystick sem fio para ajudar o robô, caso ele precise. Veja o vídeo sobre o verdadeiro Wall-E em ‪http://bit.ly/nxy6cn.

Foxconn planeja empregar 1 milhão de robôs até 2014


O fundador e presidente da gigante taiwanesa Foxconn, Terry Gou, anunciou que a empresa terá 1 mihão de robôs para substituir empregados em suas fábricas, relatou a agência oficial de notícias chinesa Xinhua. A estimativa é de que 50% da produção seja mecanizada até o final de 2014.
A Foxconn conta hoje com cerca de 10 mil robôs, que, ao lado de seus atuais 1,2 milhão de funcionários, operam máquinas de soldagem, borrifo de químicos e montagem. As máquinas que serão agregadas ao chão de fábrica manterão as mesmas funções.
A maior montadora de componentes para Apple e Nokia planeja ter 300 mil robôs até o ano que vem e 1 milhão de máquinas até 2014. A motivação seria o corte em despesas operacionais, devido aos crescentes salários dos trabalhadores, e o aumento da eficiência na produção. Mais de 1 milhão dos funcionários da Foxconn trabalham na China continental, nas fábricas que a gigante mantém em Shenzhen e Sichuan.
Em comunicado enviado à BBC Brasil, a Foxconn declarou que o investimento é destinado ao desenvolvimento de pesquisa e tecnologia pela empresa, e que será aplicado única e exclusivamente às operações que a companhia mantém na China continental.
A questão da mão-de-obra utilizada pela empresa é caso de notícia há mais de um ano, quando foi registrada uma série de suicídios de trabalhadores, em especial na fábrica localizada em Shenzhen. Em um ano, foram 11 casos de funcionários que saltaram do alto dos prédios da empresa. Segundo alguns analistas, as causas das mortes poderiam estar ligadas à longa jornada de trabalho, aos baixos salários e à falta de segurança nas linhas de montagem.
Foxconn no Brasil
Durante a viagem da presidente Dilma Rousseff à China, em abril, a empresa prometeu fazer investimentos da ordem de US$ 12 bilhões no Brasil. O governo calcula que a empresa possa gerar até 100 mil empregos diretos e indiretos. A fábrica, que deverá produzir tablets e telas para o iPad, deve ter mão-de-obra majoritariamente brasileira. Mas a discussão em torno dos trabalhadores contratados criou também impasse para o avanço do acordo de investimento.
De acordo com o comunicado enviado pela Foxconn à BBC Brasil, não houve avanços na possível cooperação com o Brasil.

Facebook planeja filtros para concorrer com o Instagram


O Facebook planeja adicionar a seu aplicativo móvel, nos próximos meses, filtros para fotos, visando conquistar os fãs do Instagram, app para compartilhamento de imagens. De acordo com engenheiros da rede social (que preferiram não se identificar) ouvidos pelo The New York Times, haverá cerca de 12 filtros, incluindo alguns similares aos do serviço concorrente, como fotos com aparência antiga e filme granulado.
A nova ferramenta do Facebook estaria pronta há algum tempo, mas o CEO da empresa, Mark Zuckerberg, teria pedido a seus engenheiros e artistas que criem novos filtros antes do lançamento oficial do produto. "A ideia é tentar também apresentar recursos novos, para atrair os usuários de outros aplicativos", afirmou um dos engenheiros ouvidos pelo jornal norte-americano.
De acordo com os engenheiros do Facebook, a rede social teria tentado comprar o Instagram por volta de junho, sem sucesso. O cofundador do serviço, Kevin Systrom, não quis comentar o assunto, e os representantes da rede social não foram encontrados pelo NYT para falar sobre a nova ferramenta.
Os rumores sobre os filtros do Facebook tiveram capítulo anterior em junho, quando o site TechCrunch anunciou que a empresa de Zuckerberg estaria trabalhando em um novo aplicativo de compartilhamento de fotos para iPhone. Os prints de tela que o site publicou indicariam que o serviço vai possuir atributos diferenciados, como localização, botão de "curtir" e tags de amigos, entre outros.
O Instagram está crescendo rapidamente desde seu lançamento, há menos de um ano. A empresa já tem oito milhões de usuários e, no começo de agosto, atingiu a marca de 150 milhões de imagens postadas no serviço.

Samsung Galaxy deve ter venda proibida apenas na Alemanha


Uma juíza da cidade de Düsseldorf, na Alemanha, afirmou na quinta-feira que os direitos de propriedade intelectual da Apple são provavelmente fortes o bastante para impedir a venda do tablet Galaxy 10.1, da Samsung, de acordo com o New York Times. A posição ainda é preliminar, e a decisão final será apresentada em 9 de setembro.
Apesar de a corte alemã ter se manifestado a favor da Apple, é improvável que a decisão impeça as vendas do tablet da Samsung em toda a Europa, como a empresa fundada por Steve Jobs pedia - e como a justiça da Alemanha determinou, preliminarmente, em 9 de agosto. A Apple e a Samsung brigam por patentes na justiça desde abril. A fabricante do iPad acusa a concorrente de copiar o dispositivo móvel.
"Existem muitas maneiras diferentes de criar um tablet, como as várias opções do mercado mostram", afirmou a juíza Johanna Brückner-Hofmann em comunicado preliminar. "Acreditamos que os direitos da Apple sobre o design do iPad garante à empresa um nível de proteção intermediário, se não um amplo direito".
A corte holandesa não parece ter a mesma posição que a alemã. Na quarta-feira, a Samsung perdeu um caso diferente no país nórdico, também contra a Apple, e teve a venda de alguns smartphones proibida. Mas, no que diz respeito aos tablets, a coreana não desrespeitou direitos de ninguém, para os magistrados da Holanda, de acordo com o NYT.
"Como o juiz holandês pontuou, os direitos de propriedade de design da Apple não podem obrigar outras fabricantes a fazer dispositivos tecnicamente pobres", afirmou o advogado da Samsung, Henrik Timmann. "A tela precisa ser lisa para evitar obstáculos que dificultem o uso, e os cantos precisam ser arredondados para que a tela não se quebre caso o aparelho bata em algum lugar", listou, acrescentando que a parte traseira do Galaxy 10.1 é diferente o bastante do iPad para distinguir os dois equipamentos.
O advogado da Apple, Matthias Koch, contra-argumenta: "não queremos proibir todos os tipos de tablet, estamos aqui porque o Samsung Galaxy é a cópia mais parecida com o iPad, há nenhum outro dispositivo tão igual".

'Planeta dos Macacos: a Origem' traduz medo real da ciência

Com a estreia de Planeta dos Macacos: A Origem nos cinemas brasileiros nesta sexta-feira, o público poderá acompanhar a história do chimpanzé Caesar, que desenvolve uma inteligência quase humana e começa uma revolução para dominar o mundo. Apesar do apelo cinematográfico, a trama pode estar mais próxima da realidade do que parece. O filme chega ao Brasil um mês depois de a Academia de Ciências Médicas da Grã-Bretanha ter publicado um pedido ao governo britânico para repensar as leis que regem as pesquisas médicas com animais. Entre as preocupações dos cientistas ingleses, está a possível criação de animais com inteligência humana.

O professor Thomas Baldwin, um dos membros da academia, disse à BBC que o grupo teme "que se comece a introduzir um grande número de células cerebrais humanas no cérebro de primatas e que isso faça com os que os primatas adquiram algumas das capacidades que se consideram exclusivamente humanas, como a linguagem". Apesar de ser uma preocupação a longo prazo, o professor acredita que já devemos começar a pensar em como regular estas pesquisas.
A opinião é compartilhada pela brasileira Lygia Pereira, coordenadora do departamento de Genética e Biologia Evolutiva da Universidade de São Paulo (USP). Para a pesquisadora, a criação de seres híbridos com células animais e humanas "é uma preocupação atual" no meio científico e devem haver limites claros para os testes em laboratório. De acordo com Lygia, não há problema em implantar células humanas em animais, desde que elas não interfiram no sistema nervoso ou no sistema reprodutivo do receptor. Caso isso acontecesse, poderíamos criar os cinematográficos chimpanzés com capacidades cognitivas avançadas ou ainda um camundongo capaz de produzir espermatozoides humanos.
Transgênicos e quimeras
Um símio inteligente como o fictício Caesar seria, provavelmente, uma quimera: um animal com células humanas. O termo quimera vem da criatura mítica grega cujo corpo misturava diversas criaturas. Algumas versões a apresentam como uma mistura entre mulher, serpente e égua, outros a desenham como a junção de um leão com serpentes, entre outras variações. Hoje, o termo é utilizado no meio científico. As quimeras são diferentes dos animais transgênicos, que não possuem células de outros animais, apenas genes externos inseridos em seu código genético.
A criação de animais transgênicos é bem menos controversa que a criação de quimeras, já que alterações genéticas não levam ao desenvolvimento da inteligência ou de células reprodutivas. No Brasil, diversas pesquisas utilizam camundongos transgênicos, e ainda esse ano, o País contará com um centro de produção de camundongos sob encomenda, que será parte do LNBio (Laboratório Nacional de Biociências), em Campinas. Cientistas poderão pedir ao centro que produza animais com alterações específicas que sirvam ao estudo de determinadas doenças.
O primeiro camundongo transgênico brasileiro foi criado em 2001 na USP, pela equipe coordenada por Lygia Pereira. Quase ao mesmo tempo, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) criou seu próprio camundongo transgênico, sob a liderança de João Bosco Pesquero. Desde lá, diversos transgênicos foram criados nas universidades para pesquisas médicas e, de acordo com Pesquero, a Unifesp tem planos de começar a utilizar coelhos em suas pesquisas.
Avanços brasileiros com transgênicos
Entre as criações da Unifesp, Pesquero destaca um camundongo capaz de dar leite com uma proteína humana necessária na coagulação do sangue. O animal teve seu DNA alterado com uma mutação no fator 12 do código genético e passou a produzir a proteína que pode ser usada no tratamento de doenças do sangue, como a hemofilia. A pesquisa foi feita como um teste prévio para a criação de uma vaca, mas o projeto com bovinos, que não era da universidade, acabou não tendo prosseguimento.
Mas a experiência abriu caminho para novas pesquisas em animais biorreatores, aqueles que produzem substâncias que servem a medicamentos. O próximo projeto é criar um coelho biorreator. "Precisamos diminuir a dependência externa", defende Pesquero, que aponta a demora em conseguir modelos do exterior como o maior problema na falta de produção própria de animais transgênicos.
A polêmica dos híbridos
"O que nos define como humano?" pergunta Lygia Pereira, fazendo eco às preocupações da academia britânica que já prevê que, se começamos a criar quimeras, precisaremos decidir que porcentagem de células humanas em um ser vivo lhe concede, por exemplo, direitos humanos.
Entretanto, o tema não parece problemático para o cientista Desmond Morris, zoólogo que ficou famoso ao apresentar os primeiros programas de TV sobre o mundo animal, nos anos 1960. Em artigo publicado pelo jornal britânico The Sun, Morris diz que não vê problemas em gerar criaturas que sejam fruto de animais com humanos. Para ele, o medo de fertilizar um óvulo de chimpanzé com esperma humano existe apenas porque "nos negamos a aceitar que humanos são animais".
Quanto aos perigos retratados no filme Planeta dos Macacos: A Origem, o britânico disse que as chances de sermos dominados por chimpanzés é "nula". Para ele, mesmo no caso de um símio adquirir características humanas, ele ganharia também os traços amigáveis, dóceis e cooperativos da espécie humana e dificilmente iniciaria uma revolução. Mesmo assim, ele chama a atenção para o fato de que muitos dos testes realizados em laboratório causam sofrimento aos animais. "Preferimos fechar os olhos porque desfrutamos dos benefícios das novas descobertas da medicina moderna", afirmou.

Fortes chuvas reduzem nível dos oceanos temporariamente


De acordo com medições realizadas pela Nasa, o nível global dos oceanos está 0,6 cm abaixo do nível registrado um ano atrás. A situação vai contra a tendência dos últimos anos que registrava um constante aumento no nível dos mares. De acordo com os pesquisadores, a mudança ocorre devido a fenômenos pontuais como El Niño e La Niña. As informações são do jornal Washington Post.
O El Niño e La Niña teriam alterado os padrões de chuva no planeta, causando grande precipitação na região amazônica e seca no sul dos Estados Unidos. O oceanógrafo Carmen Boening, especialista da agência espacial americana, disse que a o excesso de chuva nos continentes reduziu a quantidade de água no mar. Os cientistas monitoraram os níveis do oceano, sua temperatura e salinidade por meio de satélites e boias operadas por computador.
A equipe de pesquisadores ressalta que esta água eventualmente voltará ao oceano. Pelo que indicam cálculos e simulações em computadores, o nível do mar deve subir entre 0,7 e 1,9 m até o ano 2100. O aumento se deve à expansão da água conforme aumenta sua temperatura e ao degelo das calotas polares. As estimativas, entretanto, não são consenso na comunidade científica, e há pesquisadores que não acreditam nas previsões.
Engenharia do clima
Na quinta-feira, o governo americano publicou um relatório analisando propostas de "geoengenharia": métodos de manipular o clima terrestre. Entretanto, o escritório de responsabilidade do governo (GAO, na sigla em inglês), disse não ver vantagens em interferir no clima atualmente, devido aos altos custos e os riscos dos procedimentos. A técnica mais aceita pelo órgão foi a proposta de capturar o dióxido de carbono do ar e armazená-lo isoladamente.