domingo, 20 de maio de 2012

Quase cinco mil asteroides podem ser perigosos para Terra

Os dados da sonda WISE permitiram aos cientistas da NASA calcular que existem cerca de 4.700 asteroides que podem ser perigosos para o planeta Terra.

A sonda analisa o espaço com recurso a infravermelhos. A Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE) permitiu aos cientistas avaliar os asteroides potencialmente perigosos para o planeta Terra.

Os asteroides em causa orbitam próximo da Terra e têm tamanho suficiente para resistir à atmosfera terrestre, e, no caso de uma queda, causar estragos no planeta.

A NASA já fez saber que cerca de 4.700 deles têm diâmetros superiores a 100 metros. Entre 20 a 30 por cento do total já foi identificado, os restantes resultam de estimativas dos investigadores.

Lindley Johnson, responsável pelo Programa de Observação de Objetos Próximos da Terra, financiado pela Nasa, comentou as estimativas, em declarações citadas pela agência EFE: «Fizemos um bom começo na busca dos objetos que realmente representam um risco de impacto com a Terra.»

00:23 - 20-05-2012

Lançamento de nave privada é abortado por falha no motor


Meio segundo
O lançamento do foguete Falcon 9, que levaria a primeira nave espacial privada para uma missão espacial completa, foi abortado meio segundo antes do lançamento.
O foguete levaria a nave espacialDragon até a Estação Espacial Internacional, em uma missão que é conduzida por uma empresa privada, com o suporte financeiro e técnico da NASA.
Logo depois da ignição, instrumentos de monitoramento detectaram uma elevação de pressão no motor número 5, dos 9 que o foguete possui - daí seu nome, Falcon 9.
A interrupção do lançamento foi feita de maneira automática apenas meio segundo antes da aceleração total de todos os motores, que faria o foguete decolar.
Trocando de motor
A próxima janela de lançamento será na terça-feira, dia 22 de maio, mas esse agendamento só será confirmado depois que o motor for inspecionado, disse Gwynne Shotwell, presidente da Space Exploration Technologies, mais conhecida como SpaceX.
Haverá uma outra oportunidade de lançamento no dia seguinte, 23 de maio.
"Nós tivemos uma ignição nominal de todos os nove motores," disse Shotwell. "O motor 5 começou bem, e então sua câmara de combustão começou a apresentar uma tendência de elevação de pressão."
Ela afirmou que a elevação da pressão poderia ser consequência de temperaturas excessivamente altas, possivelmente por estar chegando pouco combustível ao motor, embora seja muito cedo para saber com certeza.
Shotwell disse que todos estão preparados para retirar e substituir o motor - a empresa já possui um motor de reserva no local.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Melhores fotos da Terra estão na internet

Aquelas que são consideradas as mais perfeitas imagens da Terra, capturadas do espaço pelo satélite meteorológico russo Elektro-L com uma resolução de 121 megapixels estão disponibilizadas na Internet. Para acessar estas imagens, é preciso digitar o seguinte link: http://gigapan.com/gigapans/103187. Até a obtenção destes registros, as melhores imagens da Terra eram atribuídas ao dispositivo Blue Marble. Elas foram capturadas pela tripulação da missão norte-americana Apollo 17, em 1972, e desde então vinham sendo constantemente atualizadas pela NASA.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Maconha reduz dor em pacientes com esclerose, aponta estudo

Um estudo publicado nesta segunda-feira, 14, na revista da Associação Médica do Canadá ("CMAJ") disse que o uso de cannabis alivia a espasticidade e a dor nas pessoas que sofrem de esclerose múltipla, mas alertou que existem "efeitos cognitivos adversos".

O estudo, realizado por pesquisadores da Escola de Medicina daUniversidade  da Califórnia em San Diego, analisou 30 pacientes com uma idade média de 50 anos dos quais mais da metade necessitavam de ajudapara caminhar e 20% utilizavam cadeiras de rodas.

A doutora Jody Corey-Bloom, do Departamento de Neurociência da Universidade de San Diego, assinalou no estudo que "observamos um efeito benéfico da cannabis fumada na espasticidade resistente ao tratamento e na dor associada com a esclerose múltipla entre nossos participantes".

"Embora geralmente bem tolerada por nosso pacientes, a maconha fumada esteve acompanhada por agudos efeitos cognitivos", acrescentou a médica.

Os pesquisadores indicaram que são necessários mais estudos de longo prazo para confirmar as descobertas "e determinar se doses menores podem ter efeitos benéficos com um impacto cognitivo menor".

Porém, o estudo também apontou que em outras pesquisas centradas nos efeitos da cannabis administrada oralmente na espasticidade relacionada com a esclerose múltipla, "qualquer redução da espasticidade foi geralmente observada em classificações subjetivas".

No entanto, neste estudo, os pesquisadores disseram que utilizaram um método "objetivo".

Os médicos usaram uma escala Ashworth modificada, ferramenta que serve para avaliar a intensidade do tônus muscular, para determinar a espasticidade dos músculos.

Os resultados indicam que o grupo de pacientes que fumou maconha experimentou uma redução na escala Ashworth de quase um terço (2,74 pontos) em comparação com o grupo que utilizou um placebo.

Além disso, as pontuações de dor foram reduzidas em torno de 50%.

sexta-feira, 16 de março de 2012

União Europeia destaca compromisso com o 'êxito' da Rio+20

O comissário europeu de Meio Ambiente, Janez Potocnik, reafirmou nesta quinta-feira, em reunião com autoridades brasileiras, o compromisso da União Europeia (UE) "com o êxito" da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Potocnik foi recebido em Brasília por Luiz Alberto Figueiredo Machado, subsecretário-geral do Meio Ambiente, Energia e Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, que também aparece como um dos responsáveis pela organização da conferência.
A Rio+20 será realizada no Rio de Janeiro, no próximo mês de junho. Segundo fontes oficiais, Potocnik reiterou a proposta da UE de transformar o Programa das Nações Unidas para o meio Ambiente (PNUMA) em uma nova agência da ONU a partir da Rio+20. No entanto, a proposta europeia foi já rejeitada pelos Estados Unidos, que prefere fortalecer o PNUMA, e também não convence outros países, entre eles o próprio Brasil, que considera que essa possível agência poderia criar uma maior burocracia e diminuir eficácia do programa que já existe.
De acordo com as mesmas fontes, Potocnik e Figueiredo concordaram que a conferência Rio+20 deverá servir para promover a adoção da economia verde e a adoção de modelos de desenvolvimento menos agressivos com o meio ambiente. Após o encontro com Figueiredo, o funcionário europeu partiu para o Rio de Janeiro, onde se reunirá com autoridades locais nesta sexta-feira.

Rio+20: Brasil defenderá criação de novo conselho na ONU

O Brasil aproveitará a Rio+20, a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável que ocorrerá em junho no Rio de Janeiro, para pedir a criação de um Conselho de Desenvolvimento Sustentável na Organização das Nações Unidas (ONU). A ideia é levantar a necessidade de se ter esse novo órgão, em vez de fortalecer a Agência das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), como quer a União Europeia.
"Há uma insatisfação geral com os organismos da ONU e a proposta brasileira é uma resposta mais ampla do que fazer reformas pontuais. Aproveita-se o momento, de nível grande de insatisfação em relação a esses organismos, para propor uma coisa nova", disse o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, que apresentou a iniciativa de criação do conselho durante o 6º Fórum Mundial da Água, em Marselha (França). "A proposta será levada à Rio+20 e a posição do Brasil é a da criação do conselho".
O assunto será discutido com a proposta defendida pela União Europeia, de fortalecer o Pnuma, órgão que já existe e reúne as principais demandas, discussões e ações do setor. A ideia brasileira é a transformação da agência em uma organização mundial do meio ambiente, que estaria no mesmo nível, por exemplo, de organismos como a Organização Mundial do Comércio (OMC), que trata das regras comércio internacional, ou a Organização Mundial da Saúde (OMS), autoridade que dirige e coordena a ação na área de saúde das Nações Unidas.
Segundo Vicente Andreu, o Fórum Mundial da Água é uma forma de trocar experiências com outros países. Por não ser um evento de governo, mas um fórum da sociedade, onde o governo participa com empresas e demais interessados no assunto, os painéis envolvem a discussão de problemas como infraestrutura para o acesso à água e questões climáticas. "É o acesso a experiências bem sucedidas de diversas partes do mundo", comentou.
O fórum ocorre a cada três anos, com organização do Conselho Mundial da Água (WWC), entidade internacional não governamental. A edição deste ano é coordenada pelo governo da França, pela prefeitura de Marselha e pelo WWC, formado por cerca de 400 integrantes de 70 países. Nas discussões, haverá ainda espaço para o Banco Mundial e o Banco Central Europeu falarem sobre o financiamento de projetos relativos ao assunto.

Hubble capta imagem de aglomerado de estrelas

O telescópio mostrou mais de 250 mil estrelas dentro do aglomerado, que fica a 25 mil anos-luz da Terra, perto do centro da galáxia

O telescópio Hubble, da Nasa (Agência Espacial Americana), registrou uma imagem do Messier 9, um aglomerado de estrelas que fica próximo ao centro da Via Láctea. O registro é a imagem mais detalhada e nítida da constelação. 

O telescópio mostrou mais de 250 mil estrelas dentro do aglomerado, que fica a 25 mil anos-luz da Terra, perto do centro da galáxia. As estrelas do Messier 9, além de duplicar a idade do Sol, possuem uma composição bem diferente, com menos elementos pesados que o astro.

As cores dos astros, relacionadas à temperatura de casa um, também são mostradas pelo telescópio. 

Neutrinos não rompem a barreira da luz, indica pesquisa

LONDRES, 16 Mar (Reuters) - Uma nova pesquisa sugere que os neutrinos --que aparentemente contrariaram uma das teorias fundamentais de Einstein ao superar a velocidade da luz - na verdade permanecem no limite universal de velocidade.
A mais recente medição da velocidade das partículas subatômicas no centro de pesquisas Cern no trajeto entre Genebra e Gran Sasso, na região central da Itália, contradiz uma leitura inicial divulgada em setembro do ano passado, que causara sensação no meio científico.
Desde então, novas dúvidas surgiram sobre as afirmações originais, especialmente depois da notícia, no mês passado, de que a primeira descoberta do experimento chamado Opera pode ter sido distorcida por um cabeamento defeituoso.
A nova análise foi feita por pesquisadores que trabalham em outro experimento, chamado Icarus. Com o uso de dados e medições de tempo independentes de sete neutrinos no feixe enviado pelo Cern, eles descobriram que o tempo estava exatamente consistente com a velocidade da luz.
Sandro Centro, especialista em física de alta energia e porta-voz do experimento Icarus, disse acreditar que os resultados do novo teste são conclusivos.
"A velocidade da luz e a velocidade dos neutrinos são as mesmas", disse ele em entrevista por telefone depois que as descobertas da equipe foram publicadas online na sexta-feira.
O polêmico estudo Opera havia constatado que os neutrinos percorreram os 730 quilômetros que separam o Cern de Gran Sasso 60 nanossegundos - 60 bilionésimos de segundo - mais rápido do que a velocidade da luz.
"A evidência começa a indicar que o resultado do Opera foi um produto da medição", disse o diretor de pesquisa do Cern, Sergio Bertolucci, em um comunicado.
Ele acrescentou, no entanto, que a comunidade científica precisa ser rigorosa e que novos testes estão planejados para maio com o uso de novos raios pulsantes do Cern a fim de produzir o veredicto final.
Muitos cientistas haviam demonstrado ceticismo com relação às medições originais, que contrariavam a Teoria da Relatividade Especial, de 1905, de Albert Einstein, que diz que nada no universo é capaz de andar mais rápido do que a luz -- uma asserção que fundamenta boa parte da física e da cosmologia moderna.

Meditar fortalece o cérebro

Pessoas que meditam durante muitos anos têm o cérebro mais espesso e as ligações entre células cerebrais mais fortalecidas

Cientistas da universidade californiana, UCLA, realizaram estudos que comprovam que a meditação fortalece o cérebro, segundo noticia a BBC.


Esta equipa de investigadores já tinham feito pesquisas antes e que mostravam benefícios cerebrais para quem meditava.


Agora, e segundo um estudo publicado na revista científica, «Frontiers in Human Neuroscience», foram descobertos resultados ainda mais impressionantes associados à prática de meditação.


De acordo com informações da BBC, Eileen Luders e seus os colegas do UCLA dizem ter encontrado indícios de que pessoas que meditam durante muitos anos têm o cérebro mais espesso e as ligações entre células cerebrais mais fortalecidas.


O córtex é a camada externa do cérebro e tem papel fundamental na memória, atenção, pensamento e consciência. As ligações cerebrais nervosas influenciadas pela meditação podem melhorar e melhorar a capacidade do cérebro em processar informações, tomar decisões e criar memórias. 

Moscas consomem álcool ao serem rejeitadas por parceiras, diz pesquisa

Uma pesquisa feita pelos laboratórios da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, descobriu que as moscas macho rejeitadas gostam da bebida alcoólica, mais do que as que conseguiram sexo. A pesquisa foi divulgada revistas pela revista científica "Science", uma das mais prestigiadas do mundo.
As moscas macho foram separadas em dois grupos, e um deles foi colocado ao lado de fêmeas virgens. Em seguida, os insetos puderam escolher entre alimentos com ou sem álcool. As moscas rejeitadas consumiram o alimento contendo bebida alcoólica.
Uma substância chamada "neuropeptídeo F", ligada ao chamado sistema de recompensa do cérebro, é elevada ao se ter sexo. A chance da mosca consumir álcool se torna maior. A descoberta pode ser desenvolvida a ponto de explicar mecanismos do alcoolismo em humanos, Cpor se tratar de uma relação química.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Apple anuncia "evento sobre educação" para dia 19 em NY

Apple anunciou evento sobre educação para o dia 19 de janeiro em Nova York. Foto: Reprodução/macmais

No início do mês, surgiu a notícia que a Apple estaria planejando um evento sobre o iBooks para o final de janeiro em Nova York. Na época, tratavam-se apenas de rumores mas agora a notícia se concretizou com convites da Maçã chegando para a imprensa americana. O "evento de educação" acontecerá no próximo dia 19, no Museu Guggenheim, na Big Apple.

China e Índia irão construir maior telescópio do mundo

Nesta imagem, que foi gerada por computador, o Thirty Meter Telescope (TMT), fruto da parceria entre China e índia. Foto: AP


A China e a Índia firmaram um acordo para construir um telescópio gigante, que será o maior do mundo em 2018. Ele ficará no topo do vulcão de Mauna Kea, no Havaí.
Esta é a primeira vez que as nações asiáticas se aliam para construir um telescópio, que ajudará os astrônomos em pesquisas sobre a origem do universo, por exemplo. O Thirty Meter Telescope (TMT) será tão poderoso que permitirá aos cientistas ver cerca de 13 bilhões de anos luz de distância.

Astrônomos dizem ter resolvido mistério da 'bolha de sabão'

Astrônomos da agência espacial americana, a Nasa, e da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) afirmam ter resolvido um mistério de longa data com um tipo de estrela que deu origem a uma supernova observada em uma galáxia próxima. Usando o telescópio espacial Hubble, eles conseguiram novos dados do que sobrou da explosão estelar (que parece uma bolha de sabão) para identificar um dos vários cenários que provocam tais explosões.
Com base em observações anteriores de telescópios terrestres, os astrônomos sabiam que a classe dessa supernova, chamada de tipo Ia, criou uma nebulosa em forma de bolha chamada SNR 0.509-67,5, que fica a 170 mil anos-luz da Terra, na galáxia Grande Nuvem de Magalhães.
Teoricamente, esse tipo de supernova acontece quando uma estrela conhecida como anã branca atrai massa de outra estrela, entrando em colapso na sequência. Mas no caso de SNR 0.509-67,5, os cientistas não conseguiram encontrar nenhum traço da estrela companheira da anã branca.
"Sabemos que o Hubble tem a sensibilidade necessária para detectar os mais fracos restos de anã branca que poderia ter causado tais explosões", disse o pesquisador principal Bradley Schaefer, da Universidade Estadual de Louisiana, nos Estados Unidos. "A lógica aqui é a mesma da famosa frase de Sherlock Holmes: 'Quando você tiver eliminado o impossível, aquilo que permanece, ainda que improvável, deve ser a verdade'".
Cientistas acreditam que a causa da supernova pode ser explicada pela órbita de duas estrelas anãs brancas em espiral, que se movimentavam cada vez mais perto até que houve uma colisão e, consequentemente, a explosão.
Durante quatro décadas, a busca de supernovas do tipo Ia tem sido uma questão chave na astrofísica. O problema tem assumido especial importância durante a última década, quando supernovas deste tipo passaram a ser ferramentas para medir o universo em aceleração.

Reduzir metano e fuligem combateria aquecimento e doenças

Reduzir as emissões de metano e a fuligem na atmosfera, além do dióxido de carbono (CO2), permitiria deter mais rapidamente o aquecimento global, segundo estudo publicado nesta quinta-feira nos Estados Unidos.
Esta medida também poderia evitar milhões de mortes anuais provocadas pela contaminação do ar, à qual contribuem em grande medida as milhões de toneladas de metano e fuligem liberadas anualmente na atmosfera pela indústria petroleira e petroquímica.
Além disso, segundo os autores deste estudo internacional, a redução destes contaminantes na atmosfera poderia melhorar a produtividade de certos cultivos, especialmente nos países em desenvolvimento. Os benefícios econômicos resultantes das emissões de metano e fuligem compensariam amplamente os custos associados ao desenvolvimento de medidas para obter esta redução, destacaram os autores do estudo, publicado na edição de sexta-feira da revista Science.
Reduzir a concentração de CO2, o principal gás causador do efeito estufa, responsável por 50% do fenômeno, continua sendo crucial para ajudar a reduzir o aquecimento global resultante das atividades humanas desde o começo da revolução industrial.
Mas visto que o dióxido de carbono permanece durante muito tempo na atmosfera, levará décadas reduzir seu volume antes de reverter o atual processo de aquecimento global. O metano e a fuligem, ao contrário, desaparecem mais rapidamente da atmosfera, disse Drew Shindell, climatologista da Nasa e autor principal do estudo.
O metano e a fuligem contribuem com 30% e 20% ao aquecimento global. O modelo informático usado no estudo mostra que 14 medidas, a maioria de baixo custo, como instalar um filtro de partículas nos motores a diesel, reduziriam em 0,5°C o aquecimento esperado para 2050.

Pesquisa: maus-tratos na infância alteram genes do estresse

Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade e do Hospital de Genebra descobriu que os maus-tratos na infância modificam a regulação dos genes que controlam o estresse na vida adulta, o que pode provocar o desenvolvimento de várias patologias.
Do estudo, participaram 101 adultos, todos eles vítimas de transtorno de personalidade limítrofe, também conhecido como "borderline". A equipe de cientistas observou uma porcentagem significativamente superior de modificação genética no DNA de indivíduos que sofreram maus tratos, abuso físico, sexual, emocional ou carência afetiva em relação aos que não sofreram tais situações.
As conclusões, publicadas na revista especializada Translational Psychiatry, apontam que o estresse gerado por abusos provoca uma modificação epigenética do gene receptor de glucocorticóide que atua sobre o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal.
Este eixo regula o controle de estricção, segundo a equipe da Faculdade de Medicina da Universidade de Genebra e dos Hospitais Universitários de Genebra. Quando esse eixo se altera pode perturbar a gestão do estresse na idade adulta e causar o desenvolvimento de psicopatologias. Os pesquisadores ressaltaram que se os voluntários tivessem sofrido o impacto de outros traumas violentos, como uma catástrofe natural ou um acidente aéreo, os resultados seriam semelhantes.

Campanha da WWF 'esconde' espécies ameaçadas em floresta

Na imagem aparecem camuflados um elefante, um coala com um filhote nas costas, uma pantera, uma preguiça, um orangotango, um tigre, um tucano, um .... Foto: Caters/BBC Brasil

A organização ambientalista WWF lançou uma nova campanha publicitária na França na qual animais de espécies ameaçadas aparecem camuflados em uma floresta tropical. O observador precisa encontrar os animais escondidos em meio à folhagem, como se fossem esculturas feitas com as plantas.
Os animais camuflados na imagem são um elefante, um coala com um filhote nas costas, uma pantera, uma preguiça, um orangotango, um tigre, um tucano, um crocodilo, uma iguana, um chimpanzé, um papagaio, um javali e uma jiboia.
Eles foram escondidos de várias formas: um tronco de uma árvore pode ser um dos animais, uma folhagem com detalhes pode ser outro. Os cartazes fazem parte de uma campanha da WWF que alerta para os danos causados pelo desmatamento e visa levar o público a refletir sobre o número de animais que podem ser extintos se o desmatamento continuar.
As imagens foram espalhadas no sistema de metrô de Paris e também foram publicadas na revista Lonely Planet. Uma das criadoras da campanha, Marine Garcia, da agência Marcel, afirmou que quatro artistas trabalharam meticulosamente no cartaz para tentar esconder os animais sem fazer com que seus contornos se perdessem totalmente, para que o público tivesse que se esforçar para vê-los.
"O objetivo deste cartaz é fazer com que as pessoas saibam que o desmatamento não mata apenas árvores, está matando a vida selvagem também. Os animais estão escondidos pois, em breve, podemos não vê-los mais", afirmou.

Cor da Via Láctea é igual à da «neve da Primavera»

Dois astrónomos dizem ter descoberto qual a cor verdadeira da nossa galáxia. Garantem que, vista de fora, a Via Láctea é branca. Mais precisamente, «como a neve da Primavera». 

O que o professor Jeffrey Newman da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, e o seu aluno Tim Licquia fizeram foi tentar ultrapassar a limitação de não se poder observar directamente de um ponto de vista exterior a galáxia.

Recorrendo aos dados sobre um milhão de galáxias, que constam da Sloan Digital Sky Survey, os cientistas compararam-nos com aqueles que se conhecem sobre a Via Láctea e tentar encontrar galáxias semelhantes.

Depois de seleccionarem as mais parecidas estabeleceram uma média entre elas que terá dado a informação mais precisa possível sobre a cor da Via Láctea. 

«A melhor descrição que podemos fazer é se se olhar para a neve da primavera, que tem flocos finos, uma hora depois do amanhecer ou uma hora antes do pôr do Sol, ver-se-á o mesmo espectro de luz que um astrónomo extraterrestre numa outra galáxia veria se olhasse para a Via Láctea», disse Jeffrey Newman à BBC.

Via Láctea tem pelo menos 100 bilhões de planetas, garante pesquisa

A Via Láctea tem pelo menos 100 bilhões de planetas, revelou um censo planetário realizado por uma equipe de astrônomos e divulgado nesta quarta-feira durante a reunião anual da Sociedade Astronômica Americana.
Os resultados se baseiam em observações realizadas durante seis anos em colaboração com o programa Planet (Probing Lensing Anomalies NETwork), uma rede de telescópios que registram medidas fotométricas das estrelas.
Os cientistas chegaram a este número graças à técnica de microlentes gravitacionais, que pode ser utilizada para detectar a presença de objetos maciços, como buracos negros e planetas extra-solares.
A equipe estudou 100 milhões de estrelas entre 3 mil e 25 mil anos-luz da Terra e combinou seus resultados com estudos anteriores para criar uma amostra estatística de estrelas e planetas que as orbitam.
O cruzamento de dados revela que cada estrela da nossa galáxia contém, em média, um planeta, o que demonstra que, ao contrário do que se pensava até alguns anos atrás, não é tão raro que uma estrela tenha seu próprio sistema planetário, como o Sol.
Utilizando a técnica da microlente os astrônomos podem determinar a massa de um planeta, embora este método não revele nenhuma pista sobre sua composição.
Os pesquisadores concluíram que são predominantes os planetas menores, do tamanho de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, o que abre a possibilidade de encontrar novos candidatos a abrigar vida.

Descobertos novos planetas que orbitam ao redor de 2 sóis

Uma equipe de astrônomos encontrou dois novos planetas que orbitam ao redor de dois sóis, um fenômeno que foi observado pela primeira vez na história em setembro do ano passado e que consolida a suspeita de que existem milhões deles na galáxia.
A Universidade da Flórida anunciou nesta quarta-feira a descoberta, da qual participaram alguns de seus astrônomos e que foi possível graças à análise dos dados obtidos pela missão Kepler, da Nasa.
Os cientistas batizaram os planetas de Kepler-34b e Kepler-35b. Ambos orbitam ao redor de uma "estrela binária", um sistema estelar composto de duas estrelas que orbitam mutuamente ao redor de um centro de massas comum.
"Embora a existência destes corpos, chamados de planetas circumbinários, tenha sido prevista há muito tempo, era só uma teoria, até que a equipe descobriu o Kepler-16b em setembro de 2011", explicou a instituição em comunicado.
Kepler-16b foi batizado então como "Tatooine", em referência ao desértico planeta dos filmes "Guerras nas Estrelas", que tinha a peculiaridade de contar com dois sóis.
"Durante muito tempo tínhamos achado que esta classe de planetas era possível, mas foi muito difícil de detectar por diversas razões técnicas", explicou o professor associado de Astronomia da Universidade da Flórida, Eric Ford.
Ford acrescentou que a descoberta de Kepler-34b e Kepler-35b, que será publicada nesta quinta-feira na edição digital da revista "Nature", somado à de Kepler-16b em setembro, "demonstra que na galáxia há milhões de planetas orbitando duas estrelas".
Acredita-se que os dois planetas recém-descobertos são formados fundamentalmente por hidrogênio e que são quentes demais para abrigar vida. São dois gigantes de gás de muito pouca densidade, comparáveis em tamanho a Júpiter, mas com muito menos massa.
Kepler-34b é 24% menor que Júpiter, mas tem 78% menos massa, e pode completar uma órbita em 288 dias terrestres. Já Kepler-35b é 26% menor, tem uma massa 88% inferior e demora apenas 131 dias para dar uma volta completa em seus dois sóis.
"Os planetas circumbinários podem ter climas muito complexos durante cada ano alienígena, já que a distância entre o planeta e cada estrela muda significativamente durante cada período orbital", explicou Ford.
A missão Kepler, que começou em março de 2009, utiliza um telescópio para observar uma pequena porção da Via Láctea. Os astrônomos analisam os dados procedentes do telescópio e buscam aqueles que mostram um escurecimento periódico que indique que um planeta cruza a frente de sua estrela anfitriã.
O objetivo da missão é encontrar planetas do tamanho da Terra na zona habitável das órbitas das estrelas (onde um planeta pode ter água líquida em sua superfície).
"A maioria das estrelas similares ao Sol na galáxia não está sozinha, como o sol da Terra, mas tem um 'parceiro de dança' e forma um sistema binário", explicou a Universidade da Flórida.
De fato, a missão Kepler já identificou 2.165 estrelas binárias eclipsantes (que tapam uma a outra desde a perspectiva do telescópio) entre as mais de 160 mil estrelas observadas até o momento.

Astrônomos encontram menor sistema planetário do Universo

Uma equipe de astrônomos encontrou o menor sistema planetário detectado até agora, formado por três planetas rochosos que giram ao redor de uma única estrela, que está a 130 anos-luz na constelação Cygnus, informou nesta quarta-feira a Nasa (agência espacial americana).
Com os dados do observatório espacial Kepler, os astrônomos encontraram três pequenos planetas orbitando ao redor da estrela chamada KOI-961, uma anã vermelha com diâmetro seis vezes menor que o Sol.
Os três parecem ser rochosos, como a Terra, mas estão mais perto de sua estrela, tornando-se quente demais para a existência água líquida, um dos elementos fundamentais para a vida.
Dos mais de 700 planetas confirmados que orbitam outras estrelas, denominados exoplanetas, poucos são rochosos, no entanto, a Nasa destaca que já que as anãs vermelhas são o tipo mais comum de estrela na Via Láctea, esta descoberta aponta que, apesar de serem menos comuns, a galáxia poderia estar cheia de planetas rochosos similares.
O Kepler vigia mais de 150 mil estrelas na busca por planetas ou candidatos a planetas, que detecta pelo descenso no brilho dos astros causado pelo cruzamento ou trânsito de planetas.
O principal pesquisador da missão Kepler no Instituto de Ciências Exoplanetárias da Nasa em Pasadena, John Johnson, confirmou que é "o menor sistema solar encontrado até agora".
Johnson destacou que, este sistema se parece mais com Júpiter e suas luas, que qualquer outra descoberta até agora, o que demonstra "a diversidade de sistemas planetários em nossa Galáxia".
O anúncio da descoberta foi realizado durante a reunião anual da Sociedade Astronômica Americana, que este ano acontece em Austin, no Texas.

Descoberta mutação ligada a câncer de próstata hereditário

Cientistas americanos anunciaram nesta quarta-feira a descoberta da primeira mutação genética ligada a uma forma hereditária de câncer de próstata, aumentando as esperanças de um dia conseguir fazer um diagnóstico precoce da doença.
A mutação aparece apenas em um pequeno subgrupo de pacientes que sofrem de câncer de próstata, mas aqueles que herdaram a doença demonstraram ter de 10 a 20 mais riscos de desenvolver câncer de próstata, particularmente antes dos 55 anos, afirmaram os cientistas.
O avanço, anunciado no periódico New England Journal of Medicine, se dá após décadas de pesquisas pelas origens genéticas do câncer de próstata, o tipo mais comum de câncer a afetar os homens, com 240 mil novos casos diagnosticados nos Estados Unidos todos os anos.
Outras tentativas para determinar vínculos genéticos particulares com o câncer de próstata tiveram resultados indeterminados. "Esta é a primeira grande variação genética associada com o câncer de próstata hereditário", disse a co-autora do estudo, Kathleen Cooney, professora de medicina clínica e urologia da Escola de Medicina da Universidade de Michigan.
Acredita-se que a mutação do gene HOXB13 seja rara na população em geral - estima-se que apenas 1% dos homens sejam portadores -, mas entre aqueles que a têm, os riscos de desenvolver câncer de próstata na juventude podem disparar.
"A mutação é significativamente mais comum em homens com histórico familiar de câncer de próstata que se manifesta cedo, em comparação com pacientes mais velhos, sem histórico familiar", disse o cientista Ethan Lange, da Universidade da Carolina do Norte, que participou da equipe de pesquisas.
Embora seja necessário fazer mais estudos, os cientistas esperam que a descoberta possa conduzir a testes genéticos para homens com risco elevado de câncer de próstata, de forma similar às mulheres com histórico familiar de câncer de mama, que podem ser submetidas a testes para a detecção dos genes BRCA1 e BRCA2.
"Ainda assim, nossos resultados sugerem fortemente que esta é a mutação mais importante clinicamente já identificada para o câncer de próstata", disse Lange. Para o estudo, os cientistas usaram amostras de pacientes jovens com câncer de próstata de 94 famílias que participaram de estudos nas Universidades de Michigan e Johns Hopkins.

Moradora de Nova York paga para sul-coreanos clonarem seu cão

Uma mulher que mora em Nova York pagou há alguns meses US$ 50 mil dólares para cientistas sul-coreanos clonarem o "amor de sua vida", o cachorro "Trouble", que morreu há três anos, após 18 anos de convivência com sua dona.
"Ele era como o filho que nunca tive e o tratava melhor do que a maioria das pessoas trata seus filhos", explicou Danielle Tarantola, num documentário sobre sua peculiar história que será transmitido nesta quarta-feira pela rede de televisão TLC.
Em "Eu clonei meu animal de estimação", Danielle diz que se emocionou ao ver o clone pela primeira vez. O cão, batizado por ela de "Double trouble", vive com sua dona em sua casa no bairro nova-iorquino de Staten Island.
A mulher explica que o cachorro era mais importante até mesmo que seus pais e marido. Três anos após sua morte, ela não havia retirado os pertences do cachorro de sua residência. Danielle ainda conserva na geladeira uma garrafa de plástico com a água que ficava no bebedouro de "Trouble". No congelador, ela guarda uma coxa de frango que o cão não chegou a comer.
Há alguns anos, ela entrou em contato com os cientistas sul-coreanos, os únicos no mundo que clonam cachorros. Após pagar US$ 50 mil e enviar amostras de DNA do animal, ela seguiu de perto a gravidez e o nascimento do clone por meio do Skype.
"Foi incrível, não podia acreditar", lembra a nova-iorquina sobre o momento em que o novo cachorro chegou em sua casa. Para ela, o clone é idêntico ao cachorro que morreu e tem uma personalidade parecida.