quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Relatório critica Apple por emissões de poluentes na China

A Apple fica em Palo Alto, na Califórnia. Foto: AFP


Grupos ambientalistas chineses acusaram a Apple de ignorar a poluição emitida por seus fornecedores no país, na mais recente crítica ao histórico ambiental da companhia.
Emissões de substâncias tóxicas de "suspeitos de serem fornecedores da Apple" têm lesado comunidades locais e o meio ambiente, afirmou uma coalizão de organizações ambientais nesta quarta-feira em um relatório de 46 páginas, alegando esforços para esconder a poluição por parte das empresas.
A degradação ambiental generalizada têm acompanhado o acelerado crescimento econômico da China, e o governo tem sido criticado por não tomar as medidas necessárias para combatê-la.
"O alto volume de liberação (de poluentes) na cadeia de produção da Apple põe em perigo a saúde e a segurança da população", disse o relatório, divulgado no site do Instituto de Assuntos Públicos e Ambientais de Pequim (http://www.ipe.org.cn).
O relatório alega que 27 "suspeitos" de serem fornecedores da Apple têm sérios problemas de emissão de poluentes, de gases tóxicos a lodo contendo metais pesados. Em um caso, afirmou o relatório, um vilarejo próximo passou por "um crescimento fenomenal dos casos de câncer".
A Apple decidiu "se aproveitar das brechas" nos sistemas de gestão ambiental de países em desenvolvimento para "obter grandes lucros", apontou o relatório. A Apple não divulga quem são seus fornecedores. Os grupos ambientais disseram que documentos públicos e cinco meses de pesquisa e investigação de campo levaram às conclusões do relatório.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Pesquisa aponta Amazon como próxima rival da Apple no mercado de tablets

Los Angeles (EUA), 29 ago (EFE).- A companhia Forrester Research apontou em uma análise nesta segunda-feira que a Amazon poderá vender entre 3 milhões e 5 milhões de tablets no último trimestre do ano e se tornar assim na principal rival do iPad.
Amazon ainda não anunciou oficialmente se lançará seu próprio tablet, mas a análise de mercado de Forrester assegura que, se tais condições se concretizarem, o produto poderia se transformar em um grande sucesso e ameaçar liderança da Apple.
A analista Sarah Rotman sustenta que um tablet lançado a um preço abaixo dos US$ 300 poderia dar a Amazon vendas entre 3 milhões e 5 milhões só no último trimestre do ano.
'Vemos potencial na Amazon não só para lançar seu próprio hardware como um tablet próprio, mas também ser uma plataforma para o desenvolvedor expandir o software e os serviços da empresa para oferecer uma experiência mais rica para o consumidor', publicou Rotman, que considera que em um ano poderia haver diferentes tablets da Amazon produzidos por diferentes empresas de hardware.
'Apple possui 100 mil aplicativos projetados para o iPad, enquanto a plataforma Honeycomb da Google atraiu menos de 300 aplicativos', apontou a analista.
Apple vendeu quase 30 milhões de iPads desde sua estreia em abril de 2010, enquanto as empresas rivais não conseguiram intimidar a gigante tecnológica com suas propostas. A Motorola vendeu 440 mil unidades de seus tablets Xoom em seus primeiros meses à venda, enquanto RIM registrou 500 mil vendas de seu BlackBerry Playbook.
Neste mesmo mês, o Hewlett-Packard cancelou seu TouchPad após fracas vendas, apesar do preço ter caído para US$ 99.
HP confirmou a interrupção da produção de seus aparelhos com sistema operacional WebOs, incluindo o TouchPad, uma tecnologia que adquiriu ao comprar a Palm em 2010.
Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados

Tim Cook receberá “agrado” por ser tornar CEO

Que tal 383 milhões de dólares em ações? Pois é. Como recompensa por assumir o lugar de Steve Jobs, Tim Cook vai receber um milhão de ações da empresa, o equivalente a essa fortuna. O salário de Cook seria de 900 mil dólares este ano, mas após a renúncia bombástica de Jobs, não se sabe ao certo quão feliz será o natal do novo CEO.
De acordo com documento da companhia, Cook receberá 50% das ações em 24 de agosto de 2016 e, após completar dez anos na Apple em 24 de agosto de 2021, receberá a outra metade.
No ano passado, ainda no cargo de COO, Cook recebeu 800 mil dólares, além de um bônus de 5 milhões de dólares e 52 milhões de dólares em ações, de acordo com The Wall Street Journal.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mosquito da malária tem sumiço misterioso na África


Mosquitos transmissores da malária estão desaparendo misteriosamente em algumas regiões da África e cientistas não sabem precisar o motivo. Cifras indicam que medidas preventivas como redes anti-mosquitos estão tendo um impacto considerável sobre a incidência de malária em alguns países da África subsaariana. Mas pesquisadores escreveram na publicação especializada Malaria Journal que os mosquitos também estão desaparecendo em áreas onde há escassas medidas preventivas.
Os especialistas não estão certos se os mosquitos estão sendo erradicados ou se eles irão regressar com força renovada. Dados provenientes de países como Tanzânia, Eritreia, Quênia e Zâmbia indicam que a incidência de malária está caindo rapidamente. Os pesquisadores acreditam que isso possa ter relação com a implementação de programas de controle, especialmente o uso de mosquiteiros para camas, especialmente tratadas com inseticida.
Mas uma equipe de cientistas dinamarqueses e tanzanenses afirmam que essa não é história completa. Por mais de dez anos, eles vêm coletando e contando o número de mosquitos presos em armadilhas na Tanzânia. Em 2004, eles capturaram 5 mil insetos. Em 2009, esse número caiu para apenas 14. E o mais importante, dizem os especialistas, é que esses animais foram coletados em vilas em que redes de camas não são usadas.
Mudança climática
Uma das possíveis causas para a redução da presença de mosquitos seria a mudança climática. Os padrões de chuva nestas regiões da Tanzânia ao longo dos últimos três anos foram bastante irregulares e as chuvas ocorreram muitas vezes fora da temporada habitual. Os cientistas acreditam que isso pode ter perturbado o ciclo natural de desenvolvimento dos mosquitos.
Mas Dan Meyrowitsch, o cientista que comandou a pesquisa, disse não estar convencido de que a redução do número de mosquitos possa ser atribuída somente às mudanças ambientais. "Uma das causas parciais pode ser esse padrão caótico de chuvas, mas pessoalmente não acredito que isso possa explicar um declínio tão dramático de mosquitos, a ponto de que podemos dizer que o mosquito da malária está praticamente erradicado nestas comunidades".
"O que precisamos levar em conta é que os mosquitos podem estar sofrendo de alguma doença, fungo ou vírus ou pode ter havido uma mudança ambiental nessas comunidades que pode ter resultado na queda do número destes mosquitos", afirmou. Meyerowitsch comentou ainda que a redução é tão grande que "outros cientistas estão dizendo que não podem testar medicamentos porque não há mais crianças com malária".
Os pesquisadores não sabem dizer se os mosquitos irão regressar a essas regiões. Se o fizerem, uma causa de preocupação serão os jovens que não foram expostas à malária nos últimos cinco ou seis anos desde que o número de mosquitos passou a declinar.
"Se a população de mosquitos começar a subir novamente, e eu pessoalmente acredito que ela irá, é muito provável que teremos uma epidemia de malária com um maior nível de doença e mortalidade, especialmente entre as crianças que ainda não foram expostas", disse Meyerowitsch.

HP afirma que prefere separar unidade de PCs da empresa

O Touchpad, lançado em 1° de julho deste ano nos Estados Unidos, também se despede dos consumidores. Resposta da HP ao iPad, da Apple, o tablet não .... Foto: Divulgação


A HP informou nesta segunda-feira que prefere separar sua unidade de computadores pessoais do restante da companhia e que, no momento, está estudando as implicações desse processo.
A maior empresa de tecnologia em receita chocou investidores ao anunciar mais cedo neste mês que está considerando alternativas estratégicas para sua unidade Personal Systems Group (PSG) - que inclui o negócio de PCs. A americana também desistiu de seu novo tablet como parte de uma modernização que irá distanciá-la dos produtos direcionados ao mercado consumidor.
"Preferimos separar a unidade e formar uma companhia diferente e a hipótese de trabalho é que uma divisão estaria no interesse dos acionistas, clientes e funcionários da HP", afirmou uma porta-voz da empresa. "No entanto, precisamos concluir o processo de avaliação dos ativos e validar essa suposição, o que inclui compreender totalmente a perda de sinergias em separar a PSG da HP."
Algumas das alternativas exploradas pela HP incluem a separação da unidade em outra companhia por meio de uma divisão ou venda. A HP afirmou que o processo total pode levar de 12 a 18 meses, mas que uma decisão final sobre a unidade deve ser tomada no fim deste ano.

Apple impede lançamento de Galaxy Tab na Austrália

Infelizmente para a Apple, as imagens que ela enviou à corte alemã eram imprecisas. Foto: Gizmodo/Reprodução


A Apple impediu que a Samsung lançasse o tablet da companhia, o Galaxy Tab, no mercado australiano. A situação deve ficar imóvel até que o caso das patentes envolvendo as duas fabricantes se resolva em termos locais e globais, segundo informou o jornal El País.
O caso das patentes se dá pelo design dos aparelhos e se arrasta na Austrália desde agosto. A Alemanha também proibiu a venda do tablet de 10 polegadas até que a situação se resolva em uma sentença que deve sair em 13 de setembro. Já a Holanda vetou a venda de três aparelhos da linha Galaxy da Samsung pelo mesmo motivo.
A Samsung aceitou atrasar o lançamento do Tab na Austrália, mas avisou que entrará na Justiça contra a Apple pela violação de 10 patentes de comunicação móvel que tem neste país.

Steve Jobs é fotografado em cadeira de rodas

Fotografia de Steve Jobs feita no último sábado 27 de agosto


Steve Jobs foi fotografado em uma cadeira de rodas no último sábado, ao lado da mulher Laurene e do filho Reed, na entrada de sua casa no Vale do Sílício, na Califórnia. As imagens foram feitas no momento em que o ex-CEO da Apple, com ajuda da família, saía do carro para se sentar na cadeira.
Na sexta-feira, o site americano TMZ publicou a primeira foto conhecida de Jobs  após seu afastamento do comando da empresa que fundou em 1976. Tanto a imagem revelada na sexta como as fotografias feitas no sábado mostram o frágil estado de saúde de Jobs, que sofre de câncer no pâncreas.
Jobs recebeu diagnóstico de tumor no pâncreas em 2004. Desde então, sua saúde começou a se deteriorar, interferindo na participação do executivo na empresa. Em 2009, Jobs passou por um transplante de fígado. Em 2010, afastou-se temporariamente para se tratar. Na última quarta, passou o comando da empresa a seu braço direito, Tim Cook.

Usinas de energia nuclear para Lua e Marte são projetadas


As primeiras usinas de energia nuclear para os futuros assentamentos na Lua e em Marte já estão a caminho, anunciou neste domingo o responsável pelo projeto no encontro anual da Sociedade Americana de Química, realizado em Denver.
James Werner, diretor do Laboratório Nacional de Idaho, do Departamento de Energia (DOE, na sigla em inglês), e sua equipe devem finalizar uma demonstração desta tecnologia no início de 2012.
A construção destas usinas serviria para produzir a eletricidade necessária para as bases permanentes - habitadas ou não - na Lua, em Marte e em outros planetas aos quais as naves espaciais conseguissem chegar no futuro.
Trata-se de um projeto conjunto entre o DOE e a Nasa (agência espacial americana), que estabeleceu como metas chegar a um asteroide em 2025 e a Marte em 2030.
Segundo explicou Werner, as novas tecnologias de fissão para a aplicação de energia a esse tipo de superfícies são muito diferentes das aplicadas a estações de energia nuclear na Terra, que necessitam de grandes espaços por suas dimensões e suas grandes estruturas, como as torres de refrigeração.
"As pessoas nunca reconheceriam o sistema de energia de fissão (em Marte ou na Lua) como um reator de energia nuclear", afirmou Werner. O cientista explicou que o sistema poderia ter aproximadamente 30,5 centímetros de largura por 61 de altura, "aproximadamente o tamanho de uma mala de mão" e não necessitaria de torres de refrigeração.
Werner afirmou que "um sistema de energia de fissão é uma unidade compacta, confiável e segura, que pode ser fundamental para a criação de bases em outros planetas".
As células fotovoltaicas e o combustível foram os pilares para a geração de eletricidade para as missões espaciais até agora, mas apesar da energia solar funcionar bem nas órbitas terrestres, os especialistas garantem que a energia nuclear oferece algumas características únicas.
"A maior diferença entre os reatores de energia solar e nuclear é que os reatores nucleares podem gerar energia em qualquer ambiente", explicou Werner. "A tecnologia de fissão nuclear não depende da luz solar, por isso é capaz de produzir grandes quantidades constantes de energia durante a noite ou em entornos hostis, como os da Lua e Marte", afirmou.
Como exemplo, indicou que um sistema de energia de fissão na Lua poderia gerar 40 quilowatts ou mais de energia elétrica, aproximadamente a mesma quantidade de energia necessária para alimentar oito casas na Terra.
"A tecnologia de fissão nuclear pode ser aplicada na Lua, em Marte ou onde a Nasa necessitar de energia contínua", indicou Werner.

domingo, 28 de agosto de 2011

Faceboook salvou meu filho, diz escritora americana


A escritora americana Deborah Copaken Kogan sofreu com uma doença misteriosa que atingia o filho Leo em maio deste ano. Ela descobriu a causa da doença e a urgência em tratá-la não nos consultórios médicos, mas no mural do Facebook. O relato da mãe grata à rede criada por Mark Zuckerberg foi publicada na revista online americana Slate.
Kogan conta que a primeira suspeita era de que a doença do filho era uma infecção na faringe. Enquanto esperava o resultado dos exames, tirou uma foto do filho de 4 anos, com febre e o rosto vermelho, e publicou em sua conta no Facebook. Tratada apenas como uma infecção, a escritora foi atualizando as informações sobre o estado de saúde da criança na rede. Na manhã seguinte, nova piora, e outras fotos no Facebook, cada uma mostrando o rosto do garoto mais inchado.
Dez minutos depois, uma antiga vizinha viu a atualização de Kogan na rede e ligou, pedindo para que ela levasse o filho a um hospital o quanto antes. O filho da amiga teve os mesmos sintomas e foi diagnosticado com Kawasaki, uma doença rara, e por vezes fatal, que ataca as artérias coronárias que envolvem o coração. "Quanto mais você esperar, pior o dano", alertou. A escritora correu para a internet para pesquisar a doença e comprovou que muitos sintomas da doença coincidiam com os de seu próprio filho.
Aos poucos, os comentários no Facebook ficaram repletos de outras histórias e até opiniões de médicos reafirmando a urgência do caso. A escritora relutou em crer nos comentários e na Wikipédia, mas a rapidez da resposta a fez superar o medo de alguma informação errada. "Parecia errado e, no entanto, o imediatismo do feedback no Facebook foi o suficiente para me empurrar para fora da porta", diz Kogan, que levou o filho ao hospital dizendo que ele sofria da doença - o que foi comprovado no mesmo dia.
No relato, a escritora diz que o filho se recupera lentamente da crise, mas que ele pode sofrer um ataque do coração a qualquer momento. Segundo ela, tanta informação gerou uma sensação de solidão. "Mas graças aos meus amigos do Facebook e seu apoio contínuo, não me sinto tão sozinha", diz a escritora.

Engenheiro colombiano cria marcapasso menor que grão de arroz


O engenheiro eletrônico colombiano Jorge Reynolds, criador do primeiro marcapasso, há 53 anos, anunciou neste final de semana o lançamento de um dispositivo que mede um terço de um grão de arroz e que não precisa de bateria. O anúncio da criação ocorreu durante o o 4º Salão de Inventores e Alta Tecnologia em Medellín, na Colômbia, segundo informações divulgadas neste domingo pela rádio Caracol.
Reynolds, 75 anos, foi o inventor do primeiro marcapasso artificial externo com eletrodos internos em 1958, que pesava quase 50 kg e funcionava com uma bateria de automóvel. O engenheiro destacou que sua nova invenção poderá ser acompanhada por cardiologistas "de qualquer parte do mundo" pelo computador e pela internet, e aproveitará a própria energia do coração - quando o órgão se contrai - para funcionar.
O novo nanomarcapasso, segundo seu criador, pode ser implantado facilmente em uma cirurgia ambulatorial. Reynolds disse que este dispositivo foi um trabalho de 11 anos do grupo de pesquisa Acompanhamento do Coração Via Satélite, que ele faz parte, e que conta com o apoio do Instituto de Tecnologia de Taiwan, de universidades dos Estados Unidos e de alguns países europeus.
Além disso, ele assinalou que em breve vai iniciar testes com animais e calculou que em cinco anos o dispositivo poderá ser implantado em pessoas. O engenheiro destacou também que outra vantagem do aparelho será seu custo, pois será vendido por cerca de US$ 1 mil, valor muito inferior aos US$ 12 mil que custam em média os aparelhos atuais, muito maiores que o novo e que exigem bateria.
Reynolds estudou as frequências do coração de atletas, paraquedistas e de diferentes animais - entre eles, fez várias pesquisas acústicas nas baleias jubarte (Megaptera novaeangliae) em águas do Oceano Pacífico colombiano.

EUA: laboratórios encontram molécula que pode prevenir AVC


Os laboratórios americanos Bristol-Myers Squibb (BMS) e Pfizer divulgaram neste domingo resultados promissores de um vasto estudo sobre uma nova molécula que poderá reduzir a frequência dos acidentes vasculares cerebrais (AVC).
Esse estudo de fase III (a última antes de solicitar a comercialização do medicamento) foi feito com 18.201 pacientes, e demonstrou a superioridade do apixaban (nome comercial: Eliquis) sobre o warfarin - o tratamento de referência - nos pacientes que sofrem de fibrilação arterial, asseguraram os laboratórios.
Para esse tipo de pacientes, o apixaban é o primeiro anticoagulante que reduz "significativamente" os riscos de morte, afirmaram os dois gigantes em comunicado.
Os pacientes que tomam apixaban apresentam uma probabilidade inferior a 21% de padecer de um acidente vascular cerebral em relação aos pacientes tratados com warfarin, assim como 31% menos probabilidades de padecer de uma hemorragia importante e 11% de morrer.
Os resultados foram apresentados neste domingo durante o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia em Paris e publicados no jornal especializado New England Journal of Medicine.
O estudo, realizado em 1.034 hospitais de 39 países, foi coordenado pelo Duke Clinical Research Institute (Carolina do norte, sul dos Estados Unidos) e pelo Uppsala Clinical Research Institute (Suécia), informaram BMS e Pfizer.
O risco de ter um AVC é uma crescente preocupação gerada pelo envelhecimento da população.
Segundo os autores do estudo, 5 milhões de americanos e 6 milhões de habitantes da União Europeia sofrem de fibrilação arterial, a forma mais comum de perturbação do ritmo cardíaco, o que os coloca na categoria de risco de sofrer AVC.
A confirmação do potencial da nova molécula seria uma boa notícia para a Pfizer e BMS, que precisam enfrentar o avanço dos genéricos no mercado de medicamentos.

Novo anticoagulante salva mais vidas que varfarina em estudo


Um anticoagulante experimental da Bristol-Myers Squibb e da Pfizer salvou mais vidas do que o tratamento convencional com varfarina em um grande estudo realizado. Embora o Eliquis seja o terceiro remédio a entrar no mercado em meio a uma nova categoria de anticoagulantes orais, os dados apresentados neste domingo no maior encontro médico da Europa significam que a droga pode ser vista como a melhor da classe.
Pessoas com arritmias cardíacas perigosas e que receberam Eliquis têm 21% menos chance de sofrer derrames do que aquelas que ingerirem varfarina, um remédio cheio de problemas, desenvolvido inicialmente com veneno de rato e que necessita de exames sanguíneos regulares.
A nova droga também produz uma redução relativa de 31% do risco de hemorragia, especialmente no cérebro, e em 11% no risco de morte por qualquer motivo, mostraram os resultados de um estudo que durou quase dois anos e do qual participaram 18 mil pacientes.
O benefício da baixa mortalidade alcançou por pouco uma estatística relevante, mas a descoberta coloca o Eliquis à frente de seus dois maiores rivais. Isso deve ser explorado pela Bristol e a Pfizer em uma guerra de mercado com o Pradaxa, da Boehringer Ingelheim - atualmente a única medicação alternativa à varfarina aprovada para prevenção de derrames -, e o Xarelto, da Bayer e Johnson & Johnson, que deve ser aprovado em breve.
"Dá muita confiança quando você vê um remédio que reduz a mortalidade. É outra coisa da qual podemos nos orgulhar", afirmou à Reuters o doutor Chris Granger, do centro médico da Universidade de Duke, que liderou o estudo.
O resultado significa que ministrar Eliquis em vez de varfarina por 1,8 ano - o tempo médio do estudo - evita oito mortes em cada 1 mil pacientes tratados.
Todas as três novas drogas estão competindo por uma fatia do mercado que substituirá a varfarina e que analistas da indústria acreditam que pode render de US$ 10 bilhões a US$ 20 bilhões por ano até o final da década. Atualmente, especialistas ouvidos pela Thomson Reuters Pharma esperam vendas de US$ 1,6 bilhão do Eliquis, ou apixaban, em 2015. O medicamento deve ser submetido a aprovação no final deste ano.
O valor é menor do que os US$ 3 bilhões de previsão para o Xarelto, e alguns especialistas preveem que essa disputa agora vai pender para o lado do Eliquis. "O perfil de sangramento é espetacular e é o que vai dar a fatia de mercado", afirmou Mark Schoenebaum, um analista do ISI Group, que vê o Eliquis abocanhando pelo menos 60% do mercado de prevenção de derrames.
Em um editorial na publicação New England Journal of Medicine, no qual foram divulgados os dados apresentados neste domingo no encontro anual da Sociedade Europeia de Cardiologia, a doutora Jessica Mega, do Hospital Brigham e das Mulheres, de Boston, afirmou que os resultados eram "impressionantes", mas alertou ser difícil fazer comparações entre drogas diferentes, devido às variações de testes clínicos.

LulzSecBrazil anuncia que abandonará ações virtuais


O grupo de hackers Lulz Security Brazil divulgou no Twitter, neste domingo, que encerrará suas atividades virtuais para se dedicar ao ativismo real. Segundo a mensagem publicada no microblog, o anúncio oficial será feito na noite de hoje na webradio do grupo. Eles assumiram a autoria de diversos ataques e invasões a sites do governo, Ministério Público, Polícia Federal, entre outros.
"Hoje a partir das 20h30! Estaremos ao vivo na nossa webradio para anunciar o fim das atividades virtuais! E seguir rumo ao ativismo real", anunciou o grupo no perfil @LulzSecBrazil.
O grupo seria o braço brasileiro do Lulz Security, que se apresenta como grupo de hackers que derruba sites a partir de ataques de DDoS - Distributed Denial of Service - apenas pela diversão (just for the Lulz). Em junho, a célula internacional invadiu os servidores da empresa Sony videogames e divulgou os dados de 100 milhões de usuários na internet.
Nesse mesmo mês, eles anunciaram uma parceria com o Anonymous, grupo que atacou empresas que deixaram de prestar serviços ao site WikiLeaks no final do ano passado, em uma iniciativa chamada "Operação Antisegurança" para rebater ações governamentais de controle da internet.
No entanto, a célula brasileira parece ter adotado uma posição mais política. Os ataques são seguidos da divulgação de informações supostamente retiradas dos bancos de dados da Polícia Federal, Ministério Públicos e outros órgãos governamentais. Em diversas mensagens, o Lulz Security Brazil conclama um levante popular contra a corrupção no Brasil, tendo organizado manifestações em algumas cidades brasileiras.