A escritora americana Deborah Copaken Kogan sofreu com uma doença misteriosa que atingia o filho Leo em maio deste ano. Ela descobriu a causa da doença e a urgência em tratá-la não nos consultórios médicos, mas no mural do Facebook. O relato da mãe grata à rede criada por Mark Zuckerberg foi publicada na revista online americana Slate.
Kogan conta que a primeira suspeita era de que a doença do filho era uma infecção na faringe. Enquanto esperava o resultado dos exames, tirou uma foto do filho de 4 anos, com febre e o rosto vermelho, e publicou em sua conta no Facebook. Tratada apenas como uma infecção, a escritora foi atualizando as informações sobre o estado de saúde da criança na rede. Na manhã seguinte, nova piora, e outras fotos no Facebook, cada uma mostrando o rosto do garoto mais inchado.
Dez minutos depois, uma antiga vizinha viu a atualização de Kogan na rede e ligou, pedindo para que ela levasse o filho a um hospital o quanto antes. O filho da amiga teve os mesmos sintomas e foi diagnosticado com Kawasaki, uma doença rara, e por vezes fatal, que ataca as artérias coronárias que envolvem o coração. "Quanto mais você esperar, pior o dano", alertou. A escritora correu para a internet para pesquisar a doença e comprovou que muitos sintomas da doença coincidiam com os de seu próprio filho.
Aos poucos, os comentários no Facebook ficaram repletos de outras histórias e até opiniões de médicos reafirmando a urgência do caso. A escritora relutou em crer nos comentários e na Wikipédia, mas a rapidez da resposta a fez superar o medo de alguma informação errada. "Parecia errado e, no entanto, o imediatismo do feedback no Facebook foi o suficiente para me empurrar para fora da porta", diz Kogan, que levou o filho ao hospital dizendo que ele sofria da doença - o que foi comprovado no mesmo dia.
No relato, a escritora diz que o filho se recupera lentamente da crise, mas que ele pode sofrer um ataque do coração a qualquer momento. Segundo ela, tanta informação gerou uma sensação de solidão. "Mas graças aos meus amigos do Facebook e seu apoio contínuo, não me sinto tão sozinha", diz a escritora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário